Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DE DENGUE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, 2020 A 2022

Introdução

Dengue é uma doença infecciosa viral aguda, com comportamento epidêmico, essencialmente nos períodos de janeiro a junho, e de grande impacto na saúde pública. Tem apresentado uma incidência aumentada nos últimos anos e quando manifestada em sua forma grave, pode ser letal.

Objetivo (s)

Caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos por dengue.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo das notificações de óbitos por dengue entre os residentes do estado do Espírito Santo de 2020 a 2022. Como instrumento de coleta de dados, usou-se o Sistema de Informação em Saúde e-SUS Vigilância em Saúde (e-SUS VS). Foram incluídos nesse estudo 16 óbitos de dengue, confirmados pelos critérios laboratorial ou clínico epidemiológico. Os dados foram resumidos em tabelas utilizando-se o software Excel.

Resultados e Conclusão

Entre os 16 óbitos, 66,7% eram do sexo masculino, na faixa etária maior que 60 anos (53,3%). Entre os óbitos de dengue, 02 (13,3%) foram classificados como dengue clássica, 03 (20,0%) como dengue com sinais de alarme e 10 (66,7%) como dengue grave. Nenhum dos 05 (cinco) casos do sexo feminino que evoluíram para óbito estava gestante. A maioria da raça parda (33,3%) e sem registro de escolaridade (66,7%). O estudo mostrou que, entre os sinais e sintomas clássicos da doença, 53,3% dos pacientes apresentaram febre e mais outros 10 sinais e sintomas da doença. Sete pacientes não registraram a ocorrência de febre. Outro fator que pode contribuir para a gravidade da doença e ocorrência do óbito é a presença de comorbidades, sendo relatada em 67,1% dos casos. Em relação ao critério de diagnóstico, a maioria ocorreu laboratorialmente (93,3%). Todos foram internados, a maioria na rede hospitalar (73,3%). Todos os pacientes foram a óbito no serviço público. A mediana de tempo entre internação e o óbito foi de 2 dias (0 – 43 dias) e a mediana de evolução clínica de 7 dias (0 – 46 dias). Em relação ao local de residência, a maioria era da área urbana (87,0%) e da região metropolitana (40,1%). Os óbitos ocorreram no período de dezembro a junho. Os óbitos causados por dengue no período avaliado tem predomínio no sexo masculino, na faixa etária maior que 60 anos, com presença de comorbidades e moradores das áreas urbanas. As principais manifestações clínicas foram febre, mialgia, cefaleia e vômitos e o diagnóstico aconteceu principalmente pelo critério laboratorial.

Palavras-chave

dengue; arboviroses; epidemiologia

Agradecimentos

ICEPi