Dados do Trabalho


Título

Análise Epidemiológica de Casos Notificados de Sífilis na Cidade de Manaus nos anos de 2016 a 2021

Introdução

As Infecções sexualmente transmissíveis (IST) refletem um problema de saúde pública não só no Brasil, mas em todo o mundo, dado que estão entre as infecções transmissíveis mais comuns impactando a saúde de milhares de indivíduos. Estima-se que, 1 milhão de pessoas infectam-se com alguma IST por dia, sendo as mais comuns a sífilis, gonorreia, tricomoníase e clamídia (BRASIL, 2021). No Brasil em 2019, a taxa de detecção de novos casos de sífilis adquirida foi de 72,8 casos por 100.000 habitantes, assim como em 2016, a sífilis causou complicações em 350.000 partos, entre eles 200.000 mortes fetais. No estado do Amazonas no ano de 2016 a taxa foi de 27,0 novos casos por 100.000 habitantes de sífilis adquirida, 42,9 no ano de 2017, 81,8 no ano de 2018 e 108,3 no ano de 2019 ocorrendo um grande aumento com o decorrer desses anos (BRASIL, 2022).

Objetivo (s)

Descrever o perfil epidemiológico e clínico dos usuários acometidos de sífilis adquirida e na sífilis na gestante descrevendo seus aspectos sociodemográficos.

Material e Métodos

Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e retrospectiva, analisando os perfis epidemiológicos dos casos notificados de sífilis em Manaus pela Vigilância Epidemiológica, utilizando-se do Sistema de Agravos de notificação (SINAN) para coleta de dados, sendo a análise feita pelo software Rstudio e aplicados os testes não paramétricos de Kruskal wallis e teste post-hoc de Dunn para comparar todas a variáveis.

Resultados e Conclusão

O perfil epidemiológico de sífilis adquirida apresentou uma tendência crescente de 2016 a 2019, sendo predominante o sexo masculino (69%), indivíduos autodeclarados pardos (70%) e com idade entre 20-39 anos (60%). Nos anos de 2020 e 2021 pode ser observado um decréscimo dos casos da doença, provável impacto que a pandemia de Covid-19 proporcionou, o mesmo se observou nos casos de sífilis nas gestantes, sendo este apresentando a predominância de jovens na variável escolaridade com ensino fundamental incompleto (33%) e com idade entre 20-39 anos (70%).
Portanto, se faz necessário a ampliação do diagnóstico precoce e o rastreamento dos casos de sífilis nos serviços de atenção básica. Vale destacar que a implementação de medidas socioeducativas acerca da temática para adolescentes e jovens adultos também é de suma importância, bem como orientação aos profissionais sobre a necessidade do preenchimento completo das fichas de notificação para uma melhor análise epidemiológica dos casos.

Palavras-chave

Sífilis adquirida, Sistema de Informação em saúde, Epidemiologia

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Amanda Porto Baia, Tais dos Santos Araújo, Mirelia Rodrigues de Araújo, Thayane Porto Reis, Bruna Gonçalves da Silva