Dados do Trabalho
Título
Leishmaniose tegumentar cutâneo mucosa difusa – Relato de caso
Objetivos(s)
A leishmaniose tegumentar apresenta ampla distribuição em todo Brasil, sendo assim uma das infecções que merece mais atenção. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de leishmaniose tegumentar cutâneo mucosa, com lesões difusas, em paciente diabético e hipertenso.
Relato do Caso
Ex agricultor, 63 anos, procedente de Cacoal (RO), diabético, hipertenso, ex etilista e tabagista. Admitido no Hospital de Emergência e Urgência de Cacoal, relata que há 2 anos começou apresentar lesões recorrentes na face, que desapareciam de maneira espontânea, sem sintomas álgicos, fato pelo qual não procurou atendimento médico e refere tratamento via oral irregular para leishmaniose cutânea. Ao exame físico apresentou lesões cutâneas ulceradas difusas com crostas e eritema em face, região frontal/malar, edema e hiperemia nasal com ulceração em parte anterior do septo, mucosa nasal com destruição do septo cartilaginoso e perfuração nasal, hiperemia e edema do lábio superior, membros inferiores com presença de lesões difusas ulceradas e crostas em joelhos e pernas, perna esquerda com extensa lesão úlcera, hálux esquerdo com lesão de tecido granulomatoso e sinais de infeção secundária. Devido à presença das lesões cutâneas, mucosas e difusas iniciou-se investigação para Leishmaniose e notificação compulsória. Pesquisa de Leishmania em lesão na testa, positivo; Pesquisa de Hanseníase na linfa, negativo; Testes rápidos para HIV 1 e 2, Hepatites B e C, negativo; Teste rápido para Sífilis, positivo; Após internação, é realizada administração de Ciprofloxacino 400mg por 7 dias, Clindamicina 600mg por 14 dias, Ivermectina 6mg, por 2 dias, Anfotericina B Lipossomal 50mg e hidrocortisona 100mg por 17 dias. Após os 17 dias de administração de Anfotericina B Lipossomal, o paciente se apresenta bem, com melhora completa das lesões.
Conclusão
A leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Ainda é considerada uma doença negligenciada devido à dificuldade de diagnóstico, principalmente em pacientes que apresentam quadro oligossintomático. Além disso, a terapêutica nem sempre é satisfatória visto que os quimioterápicos utilizados apresentam muitos efeitos adversos, são de alto custo, e o tratamento deve ser concluído mediante hospitalização. Assim, ressalta-se a importância de investir em medidas preventivas com vistas à proteção e promoção da saúde da comunidade.
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Arina Teixeira Araujo de Melo, Joanny Dantas de Almeida, Micaéle Caroline Costa Santos, Pedro Henrique Antero Batista, Alessandra Caroline Bataglia, Luana Rávilla Godinho Machado, Welson Vieira do Nascimento Neto, Mariana Kely Diniz Gomes de Lima, Luís Fernando Matos Bastianini