Dados do Trabalho
Título
DISTRIBUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DE LEPTOSPIROSE NO ESTADO DO PARÁ E SUA ASSOCIAÇÃO COM A PLUVIOSIDADE NA CIDADE DE BELÉM-PA
Objetivo (s)
Analisar a distribuição da incidência de leptospirose no estado do Pará e o impacto da pluviosidade na incidência da doença no município de Belém
Material e Métodos
Estudo ecológico, transversal, realizado com dados secundários. Coletou-se dados de pluviosidade mensal em Belém (INMET) e dos casos de leptospirose (SINAN) no período de 2017 a 2022. Realizou-se análise de tendência temporal gaussiana, modelo parabólico de 6ª ordem e correlação linear. Os dados foram inseridos em planilha Microsoft Excel e calculado a correlação linear de Pearson. Para análise espacial da incidência e sua distribuição por município do estado do Pará, utilizou-se o software QGIS
Resultados e Conclusão
A tendência temporal gaussiana de 72 meses de incidência de leptospirose observada foi não linear, R² = 0,079, em Belém-PA. Por isso, ajustou-se para o modelo parabólico de 6ª ordem, o que permitiu observar caráter oscilatório da incidência nos de 2017 a 2019, e aumento dos casos de 2020 para 2022, R² = 0,293. À análise, a correlação da incidência de leptospirose com índices pluviométricos mostrou-se significativa de 2017 a 2021, principalmente nos meses de janeiro a maio – 2017 p=0,01 R²=0,46, 2019 p=0,03, R²=0,59 e 2020 p=0,02, R²=0,41. Entretanto, essa tendência não se manteve e observou-se, nos anos de 2020 a 2022, outros fatores relacionados com a incidência de casos. A exemplo da pandemia da covid-19 que, em 2020, mudou esse padrão, com zero notificações de maio a julho deste ano, correspondendo ao período de lockdown, em Belém. Em relação a análise espacial, em 2021 com 14 municípios afetados e em 2022, foram notificados 30 municípios no estado do Pará. Assim existiu aumento dos casos, com incidência máxima: 2021, 4,58 no município de Santa Barbara do Pará; em 2022, incidência 16,65 no município de Inhangapi. Conclusão: Os resultados da pesquisa permitiram evidenciar o caráter oscilatório da incidência dos casos de leptospirose, em Belém, de 2017 a 2019 e aumento de 2020 para 2022. Bem como demonstram que nos primeiros anos pesquisados (2017 a 2019), a incidência de leptospirose se mostrou diretamente proporcional com os índices pluviométricos, sobretudo nos meses de janeiro a maio, período de maior precipitação na região. A análise espacial evidenciou o aumento da incidência de leptospirose entre os municípios do estado durante todo o período pesquisado.
Palavras-chave
Leptospirose; Pluviosidade; Incidência; Belém;
Área
Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Larissa Americo Xavier, Jonathas Adriel Tavares Amaral, Jose Victor Andrade de Oliveira, Alder Mourão de Sousa