Dados do Trabalho

Título

Cobertura vacinal dos imunizantes BCG, poliomielite, meningocócica C e tríplice viral: uma análise de tendência no Espírito Santo, entre 2010 e 2022.

Introdução

A vacinação é uma prática de imunização, sendo o melhor desempenho custo-benefício, pois possibilita a proteção individual, coletiva e contribui para o controle de doenças imunopreveníveis. Analisar a tendência temporal das coberturas vacinais fornece subsídios para avaliar o alcance das metas preconizadas pelo Programa Nacional de Imunização e compreender se há risco de impacto para a saúde pública.

Objetivo (s)

Analisar a tendência da cobertura vacinal dos imunizantes BCG, poliomielite, meningocócica C e tríplice viral.

Material e Métodos

Estudo ecológico realizado no estado do Espírito Santo, entre os anos de 2011 e 2022. Foram analisadas as coberturas vacinais dos imunizantes BCG, contra a poliomielite, meningocócica C e tríplice viral registradas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI). Para a análise de tendência foi aplicado o modelo de regressão linear generalizado de Prais-Winsten para obter o valor do coeficiente de variação anual e assim, calculada a variação percentual média anual (APC) e a variação anual (VA) de cada imunizante. Os resultados foram interpretados como tendência crescente quando a taxa de variação média anual foi significativamente positiva; decrescente, quando a taxa de variação foi significativamente negativa; estacionária, quando não existe diferença significativa entre seu valor e zero.

Resultados e Conclusão

Observou-se tendência decrescente para os imunizantes BCG (APC= - 10,6), meningococo C (APC= - 6,0), contra a poliomielite (APC= - 6,6) e a tríplice viral (APC= - 9,2). Entre os anos de 2010 e 2015 a maioria dos imunizantes atingiram uma cobertura vacinal acima de 95%, exceto a meningococo C e a tríplice viral. Há um declínio na cobertura vacinal dos imunizantes BCG (VA= -11,3%), meningococo C (VA= -5,6%), contra a poliomielite (VA= -10,17%) e tríplice viral (VA= -10,4%) em 2016. Desde de então, os imunizantes analisados apresentaram quedas constantes na cobertura vacinal. O estado do Espírito Santo apresenta tendência decrescente da cobertura vacinal dos imunizantes BCG, meningococo C, contra a poliomielite e tríplice viral. Desde 2016 os imunizantes não alcançaram a meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunização. É necessário a construção de políticas públicas que respondam aos fatores associados à baixa adesão vacinal e que estabeleçam medidas para resgatar os valores da importância da vacinação e o aumento das coberturas vacinais.

Palavras-chave

Cobertura vacinal, Vacina BCG, Vacinas Meningocócicas, Vacinas contra Poliovirus