Dados do Trabalho
Título
MIGRAÇÃO PENDULAR: UM ESTUDO DA TENDÊNCIA DA TUBERCULOSE NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Introdução
As pessoas com tuberculose (TB) ainda enfrentam inúmeras barreiras de acesso e de continuidade ao tratamento.
Objetivo (s)
Analisar a possível tendência da Migração Pendular (MP) através da distribuição espacial dos casos novos de TB notificados e confirmados por residência em Minas Gerais (MG) nos anos de 2010, 2015 e 2020.
Material e Métodos
Dados absolutos coletados do DATASUS de 853 municípios do estado de Minas Gerais, nos anos de 2010, 2015 e 2020, de casos de TB notificados de residentes e não residentes e casos confirmados, somente residentes. Calculada a diferença entre os casos notificados e os casos confirmados para se obter os pacientes não residentes. A base cartográfica digital do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ferramenta estatística: Elipse de Distribuição Direcional (EDD) para delinear a tendência da distribuição geográfica dos casos de TB. Utilizado o Software QGis versão 3.16.
Resultados e Conclusão
Em 2010, 2015 e 2020 foram notificados em Minas Gerais 4431, 4044 e 3935 casos de TB, respectivamente. Dos municípios analisados, 61,7% apresentaram pelo menos um caso. As maiores diferenças positivas encontradas de pacientes não residentes foram nos municípios de Belo Horizonte, Montes Claros, Governador Valadares, Juiz de Fora, Pouso Alegre e Ipatinga. Belo Horizonte, Montes Claros, Governador Valadares e Juiz de Fora são municípios com maior carga de TB no estado, concentrando uma prestação de saúde mais estruturada, possibilitando a MP de localidades vizinhas. Esses municípios costumam receber, mais pessoas do que enviam, impactando na qualidade do atendimento, muitas vezes. Os municípios de Montes Claros e Uberlândia perderam um pouco da concentração da prestação dos serviços de saúde como referências para pessoas com TB em 2020, possivelmente pela subnotificação dos casos e diminuição da mobilidade das pessoas para conter a disseminação da COVID-19. Quanto a análise EDD, a distribuição geográfica da MP permaneceu na direção SW-NE no estado. Ressalta-se que há municípios que exercem ‘força’ sobre a distribuição geográfica dos casos de TB, principalmente Belo Horizonte. O estudo teve como limitações a utilização de dados secundários e o que impossibilitou o seu georreferenciamento. Os resultados contribuíram para conhecimento geográfico em relação à MP e a TB, com a intenção de se alcançarem “Estratégias pelo Fim da Tuberculose”.
Palavras-chave
Tuberculose, Migração Pendular, Distribuição espacial.
Área
Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
JUSSARA ALVES CARDOSO NEVES, DUVAL MAGALHÃES FERNANDES