Dados do Trabalho


Título

Diagnóstico molecular de T. cruzi em diferentes amostras biológicas

Introdução

A doença de Chagas é uma doença infecto-parasitária cujo agente etiológico é o flagelado Trypanosoma cruzi, que infecta hospedeiros vertebrados, como o homem, animais domésticos e silvestres, e invertebrados, como os insetos hematófagos conhecidos popularmente como barbeiros. A doença se constitui como um grave problema de saúde pública, haja visto o número elevado de indivíduos na forma crônica da doença e os casos recentes de transmissão congênita e transmissão vetorial-clássica e vetorial-oral em toda a América Latina, inclusive na Bahia.

Objetivo (s)

Assim, esta pesquisa propôs padronizar protocolos para detecção molecular de T. cruzi a partir do gene de histona TcH2A e descrever os resultados do diagnóstico realizado em amostras encaminhadas para o LPBM (FIOCRUZ-BA) entre 2022 e 2023.

Material e Métodos

Para o diagnóstico molecular, utilizamos a PCR convencional para amplificar o gene de histona TcH2A, utilizando primers sem marcação. Para a confirmação da amplificação, 10μL dos produtos da PCR foram submetidos à eletroforese em gel de agarose 2%, visualizados sob luz ultravioleta em transluminador e fotografados em fotodocumentador.

Resultados e Conclusão

Padronizamos um protocolo simples e funcional para amplificação do gene TcH2A e para a detecção molecular de T. cruzi, cujos parâmetros de ciclagem são: desnaturação inicial a 95°C por 5 min; seguido por 35 ciclos de desnaturação a 95°C por 30 s, anelamento a 60°C por 30 s e alongamento a 72°C por 30 s; e alongamento final a 72°C por 5 min. Até o momento, analisamos 45 amostras de triatomíneos oriundos das cidades de Salvador e Santa Inês, no Estado da Bahia, e 27 amostras de cães do Estado do Piauí. A partir do protocolo padronizado, amplificamos o DNA alvo em 48% das amostras de Santa Inês (BA), 45% das amostras de Salvador (BA) e 4% das amostras de cães do Piauí. No total, amplificamos 30% das amostras testadas para o gene de histona TcH2A. Novos testes utilizando outros genes alvos (COII, S35-S36, TC24) e outras metodologias (qPCR, NGS) devem ser utilizados para validar e aprofundar os resultados sobre T. cruzi, suas linhagens e outros Tripanossomatídeos, permitindo monitorar as variantes circulantes, o correto diagnóstico de T. cruzi e o apoio ao SUS e ao cidadão. Concluímos que o protocolo padronizado neste estudo utilizando o gene TcH2A é funcional e os resultados indicam a presença de T. cruzi em triatomíneos de Salvador e Santa Inês (BA) e em cães do Estado do Piauí.

Palavras-chave

Doença de Chagas, Biologia molecular, Insetos hematófagos

Agradecimentos

Instituto Gonçalo Moniz

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Cecília Santana Rodrigues, Fernanda Cardoso Lanza, Mitermayer Galvão Reis, Gilmar Ribeiro Jr