Dados do Trabalho
Título
Epidemia de Dengue no Estado do Espírito Santo 2023
Introdução
A transmissão da dengue é essencialmente urbana, visto que é neste ambiente onde se encontram todos os elementos fundamentais da ecologia da doença: o homem (hospedeiro), o vírus, o vetor (modelo da tríade ecológica). O processo de dispersão da dengue é regulado pela dinâmica da população exposta, pelo quantitativo de pessoas com viremia, pela abundância de vetores, pelo número de pessoas imunes e suscetíveis (variáveis composicionais), por fatores climáticos, como temperatura e pluviosidade e os fatores sociais (variáveis contextuais) e pela existência de quatro diferentes sorotipos do vírus.
Objetivo (s)
Avaliar a dinâmica espacial da dengue, visando compreender o aumento de casos, óbitos, taxa de incidência e taxa de mortalidade na região do Espírito Santo.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo que analisa a distribuição espacial da dengue atual, 01 janeiro até 31 março de 2023 no Brasil. As unidades de análise foram o país e seus Estados Federativos. Foram analisados os dados epidemiológicos fornecidos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo: casos, óbitos, taxa de incidência e taxa de mortalidade deste agravo.
Resultados e Conclusão
Por fim, a taxa de mortalidade do Espírito Santo é a maior do Brasil. Neste contexto, para a redução do número de óbitos, diversos municípios estão implantando unidades de saúde para hidratação de pacientes em situação de dengue grave. O sorotipo circulante é o DENV-2 no Estado. Atualmente, a situação do Espírito Santo é a pior entre os Estados analisando as taxas de incidência para dengue no ano de 2023. Evidencia-se que o Espírito Santo está em situação epidêmica com número de casos de dengue crescente até a 12 semana epidemiológica.
Analisando-se os seis municípios com as maiores taxas de incidência para dengue no Estado, observa-se que cinco desses municípios encontram-se na região administrativa de Cachoeiro do Itapemirim. Analisando-se a distribuição espacial da dengue no Estado, evidencia-se que, na macrorregião de Cachoeiro de Itapemirim, a situação epidemiológica da dengue está totalmente fora do controle.
Assim, fica evidente a necessidade de modernizar o controle de vetores usando um sistema com logística georreferenciado on line possibilitando ao gestor saber em tempo real os bairros com maiores infestações do vetor. Por outro lado, existe a necessidade de envolver a população através de um trabalho direcionado em escolas, parques, e em espaços religiosos.
Palavras-chave
Dengue, Epidemia, Incidência, Análise Temporal.
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Leandro Layter Xavier, José Francisco Moreira Pessanha