Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA APLICAÇÃO DE INSETICIDA UBV PESADO, DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E ENTOMOLÓGICA NO COMBATE ÀS ARBOVIROSES
Introdução
Aedes aegypti e A. albopictus são responsáveis pela transmissão de arbovírus, agentes etiológicos de dengue e chikungunya. A inexistência de vacina e de tratamento específico fazem com que o manejo seja voltado para o controle de insetos vetores.
Objetivo (s)
O objetivo foi avaliar a efetividade da aplicação de inseticida a UBV pesado no combate vetorial, no município Curralinhos (PI), além disso, avaliar os parâmetros da vigilância epidemiológica e entomológica.
Material e Métodos
Para tal, foram utilizadas armadilhas de ovoposição (ovitrampas) durante treze semanas após a aplicação de UBV pesado, das quais foram calculados o Índice de Positividade de Ovos (IPO), o Índice de Densidade de Ovos (IDO), a taxa de infestação de Aedes sp. e a proporção de fêmeas A. albopictus/A. aegypti obtidas dos ovos coletados. Também foram analisados a taxa de incidência de dengue e chikungunya, no período de 2001 a 2022, o Levantamento do Índice de Amostral (LIA), no período de 2015 a 2022, por meio dos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI).
Resultados e Conclusão
Desde 2007, Curralinhos apresentava baixas taxas de incidência de dengue e de Chikungunya (até 0,002 casos/100 mil hab.). Em 2022, a vigilância identificou que o número de casos de dengue tinha quintuplicado e de chikungunya, triplicado. Embora a aplicação de UBV pesado não seja a melhor medida de controle vetorial, o município aplicou o inseticida, seguindo o programa PNCD. Tal escolha não foi bem-sucedida, pois durante as três semanas seguintes a aplicação, as ovitrampas mostraram que o IPO foi em torno de 70% e o IDO, de 7,2. em seguida, o uso de ovitrampas foi estendida por mais dez semanas, totalizando 130 armadilhas, das quais 68,5% (89) das ovitrampas apresentavam ovos de mosquitos. Foram obtidos 3939 ovos e destes, 14,6% (576) se desenvolveram até a fase adulta, sendo 26% (149) A. aegypti e 74% (427) de A. albopictus, com proporção de uma fêmea de A. aegypti para 4 de A. albopictus. Já o IPO chegou a 50% das armadilhas e o IDO a 1,4. Assim, recomenda-se capacitação dos agentes de endemias sobre o LIRa/LIA, bem como, mutirões de limpeza da área urbana do município antes do período da chuva. Além disso, manter o monitoramento entomológico; e, o desenvolvimento de trabalhos educacionais junto a população e associações sobre as medidas de controle dos insetos vetores.
Palavras-chave
controle vetorial, UBV pesado, ovitrampas, dengue, chikungunya
Agradecimentos
UFPI/SESAPI
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
VERUSKA CAVALCANTI BARROS, EULLILIA OLIVEIRA MACHADO, RAYNARA BATISTA SILVA, MAURICIO RIBEIRO SOUSA, FRANCISCO MARQUES CARNEIRO NETO, Francisco Alan CARVALHO DA COSTA, Mário CALZADILLA MATOS, Delciana BOMFIM DOS SANTOS SOUSA, OCIMAR A A BARBOSA