Dados do Trabalho
Título
Aspectos epidemiológicos e levantamento da esquistossomose mansônica no município de Penedo, estado de Alagoas
Introdução
A esquistossomose é uma doença parasitária, popularmente conhecida como barriga d’água. É ocasionada por platelmintos trematódeos do gênero Schistosoma, que no ciclo de vida necessitam desenvolver-se em caramujos aquáticos pertencentes ao gênero Biomphalaria. No Brasil, a esquistossomose é uma doença endêmica de grande importância na saúde pública, com cerca de 43 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco de infecção e 7 milhões infectadas. As regiões de maior destaque são Nordeste e Sudeste, onde existem áreas com prevalência superior a 15%, como nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Minas Gerais, encontrando ainda formas graves levando a óbitos.
Objetivo (s)
O presente estudo teve como objetivo realizar o perfil epidemiológico esquistossomose mansônica no município de Penedo, estado de Alagoas.
Material e Métodos
Foi realizado um estudo de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, com dados secundários, oriundos da Secretaria municipal de Saúde, por meio da atuação da equipe de Combate às Endemias da Vigilância Epidemiológica e Promoção à Saúde do município, referente à infecção por Schistosoma mansoni no período de 2018 a 2022.
Resultados e Conclusão
A frequência de casos positivos para esquistossomose em Penedo foi maior no ano de 2018, 4,82% (420/8.702), com redução no número de casos nos anos subsequentes, 3,43% (228/6.643) em 2019, 3,32% (268/8.055) em 2020, 2,46% (223/9.036) em 2021 e posterior acréscimo no ano de 2022 (4,42%; 388/8.761). Nota-se ainda que, dos 1.527 indivíduos infectados, 75% (1.147/1.527) optaram pelo tratamento com a utilização do praziquantel em dose única, enquanto 25% (380/1527) dos casos optaram por não realizar o tratamento. A esquistossomose está associada ao saneamento básico precário, falta de educação em saúde e disseminação dos hospedeiros intermediários, elementos que justificam o endemismo no município. Nos anos 2020 e 2021, o Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (PCE) foi continuado mesmo com o estabelecimento da pandemia da Covid-19, a redução verificada na frequência pode ser consequência do acompanhamento de população de áreas de menor risco de infecção. A baixa tolerabilidade e recusa ao tratamento tem sido um limitante, a ausência do controle terapêutico permite a continuidade do ciclo de infecção, contribuindo para a disseminação da doença na comunidade. O tratamento adequado é fundamental para interromper a doença, reduzir o quadro endêmico e prevenir complicações.
Palavras-chave
Schistosoma mansoni; Epidemiologia; Zoonones; Saúde pública.
Área
Eixo 07 | Helmintíases
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Vitória Aline Santos Sarmento, Erlon Oliveira dos Santos, Luciano da Silva Santos, Ericleia Oliveira de Almeida, Jamila Gabriela Santos Peixoto, Evelym Euthimia Reis da Silveira Ferreira , Müller Ribeiro-Andrade , Raíssa Karolliny Salgueiro Cruz