Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DAS COBERTURAS VACINAIS DE CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO, ACRE, BRASIL, 2016-2022
Introdução
Desde 1973, com a criação do Programa Nacional de Imunização (PNI), o Brasil passou a ser referência mundial para a distribuição de imunobiológicos e altas coberturas vacinais, controlando e erradicando várias doenças transmissíveis. Mesmo com a eficiência do Programa, nas últimas décadas, observa-se o declínio das coberturas vacinais em todo o território nacional, aumentando o risco de circulação de doenças imunopreveníveis, principalmente em crianças menores de 1 ano.
Objetivo (s)
Neste trabalho apresentamos dados das coberturas vacinais de crianças menores de 1 ano no município de Rio Branco, Acre, no período de 2016 a 2022.
Material e Métodos
Foram avaliadas as coberturas vacinais para Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), Hepatite B, Poliomielite Inativada, Rotavírus, Pneumocócica 10 Valente, Meningocócica C, Pentavalente e Febre Amarela. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SISNASC). Para o cálculo das variáveis, foram utilizados os indicadores de saúde do PNI: cobertura vacinal (CV), taxa de homogeneidade entre vacina (HCV) e taxa de abandono (TA).
Resultados e Conclusão
A vacina BCG foi o único imunizante que alcançou a meta de cobertura vacinal, preconizada pelo Ministério da Saúde, sendo o ano 2016 com maior CV (142,2%). A vacina Pneumocócica 10 valente, alcançou a meta somente no ano de 2019, com CV de 95,3%. A menor CV foi observada na vacina da Febre Amarela em todo o período, principalmente no ano de 2017, com 11,8%. No ano de 2019, a HCV foi de 28,5%, e nos demais anos, as taxas foram de 14,2%, mostrando que no município há uma baixa proporção de vacinas com coberturas adequadas. As maiores taxas de abandono correspondem às vacinas da Poliomielite Inativada no ano de 2016 (34,4%) e com a Pentavalente em 2018 (31,0%). As menores taxas de abandono registradas foram nas vacinas Rotavírus Humano (4,7%) em 2016, Pneumocócica 10 Valente (5,8%) em 2018, e Meningocócica C (6,0%) em 2019. Estes dados mostram que as coberturas vacinais no município de Rio Branco, estão abaixo das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde, com riscos para a saúde da população, principalmente devido o retorno e circulação de patógenos que podem ser evitados pela vacinação. A implementação de estratégias intersetoriais que busquem o aumento das coberturas vacinais deve ser trabalhada no município com enfoque multidisciplinar com profissionais da saúde e setores afins.
Palavras-chave
Imunização, doenças imunopreveníveis, cobertura vacinal.
Área
Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Vinícius Lima Paes, Leandro Siqueira Souza