Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLÓGICA DE SÍFILIS EM GESTANTE NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO, ACRE, BRASIL, 2018 A 2022

Introdução

A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e que, apesar de apresentar diagnóstico e tratamento de baixo custo, permanece um problema de Saúde Pública responsável por elevadas taxas de mortalidade. No Brasil, a Sífilis Congênita, particularmente, é uma das principais causas de abortamento, óbito fetal, natimortalidade, baixo peso ao nascer, prematuridade e malformações congênitas.

Objetivo (s)

Neste trabalho descrevemos o perfil epidemiológico da Sífilis em gestantes no município de Rio Branco, no período de 2018 a 2022.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo, a partir de dados secundários de casos notificados e confirmados, obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e tabulados no software Epi Info 7.2.3.1 (CDC, Atlanta, EUA). As variáveis utilizadas neste estudo foram: faixa etária, raça/cor, escolaridade, classificação clínica e tratamento adequado.

Resultados e Conclusão

No período de 2018 a 2022 foram notificados 1.646 casos de Sífilis em gestante. O ano de 2018 teve maior número de casos, com 23% (n=381) e em 2020 foi registrado o menor número de casos, com 15% (n=248). A maior proporção de casos foi registrada na faixa etária entre 20 a 34 anos (62%) e adolescente 15 a 19 anos (28%), mulheres de cor parda (83%) e mulheres com ensino médio completo (31%). A fase clínica mais notificada foi a latente (78%), pois nesse período não foi possível observar os sinais clínicos e tempo da infeção. O percentual de tratamento adequado entre as gestantes variou ente 94% a 99%. Em relação ao tratamento das parcerias sexuais, houve uma baixa adesão, com percentual variando entre 30% a 48%. Estes dados mostram que no município de Rio Branco, mesmo com o fortalecimento da atenção básica, é necessário a implementação de estratégias que busquem a prevenção e o acompanhamento das gestantes durante o pré-natal, minimizando os possíveis riscos de novos casos de Sífilis congênita.

Palavras-chave

Epidemiologia, Sífilis Congênita, Cuidado Pré-Natal