Dados do Trabalho
Título
Tuberculose como fator de risco para COVID-19 nos pacientes do Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT) de Queimados/RJ
Introdução
Pacientes com tuberculose pulmonar foram considerados como grupo de risco para agravamento da COVID-19.
Em 2020, a Prefeitura de Queimados emitiu decreto, obrigando uso de máscara em estabelecimentos públicos municipais, necessidade de distanciamento social e lavagem das mãos. Segundo dados da prefeitura, até 10/09/2020, a cidade apresentava 2181 casos confirmados e 56 óbitos.
Objetivo (s)
Descrever e analisar o perfil de adoecimento no contexto da pandemia de COVID-19 e os desdobramentos sócioeconômicos, em indivíduos notificados por Tuberculose no município de Queimados/RJ
Material e Métodos
O público da pesquisa foram os pacientes notificados para Tuberculose pelo município de Queimados entre Janeiro e Junho de 2020, sendo 46 indivíduos.
Como critério de exclusão, usou-se aqueles que tivessem interrompido ou concluído o tratamento (9 pessoas). Além disso, 1 paciente foi identificado com outro diagnóstico que não Tuberculose, 1 recusa de participação e 2 óbitos não relacionados à COVID-19.
A coleta de dados ocorreu de 03/08/2020 a 04/09/2020 em 33 indivíduos, por uso de um questionário elaborado pelo PMCT, bem como foi ofertada testagem rápida para COVID-19 em todos.
Os envolvidos assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, garantindo sigilo sobre a identidade dos participantes.
Resultados e Conclusão
Dentre os indivíduos testados para COVID-19, nenhum apresentou resultado positivo, mas 33% relataram ter apresentado um ou mais sintomas não específicos. Os principais foram: tosse seca ou com secreção (6), perda de olfato e/ou paladar (6), cansaço (3), dor de cabeça (3), febre (2), dificuldade para respirar ou falta de ar (2), dores no corpo (2). Contudo, nenhum paciente apresentou gravidade no quadro clínico. Alguns destes também podem ser relacionados à Tuberculose, não sendo possível fazer distinção do acometimento por essa doença.
Em relação a medidas de etiqueta sanitária, o uso da máscara foi observado na maioria dos entrevistados, em cumprimento à normativa municipal. A higienização das mãos com frequência foi referida por 50% dos entrevistados e 20% relataram não conseguir manter distanciamento social.
Sobre o impacto da pandemia no perfil socioeconômico, 50% dos pacientes possui como renda familiar menos de 1 salário mínimo, e outros 36% até 3 salários mínimos. Quase 60% do público relatou alguma perda financeira, agravando a situação de vulnerabilidade social. Ao mesmo tempo, apenas 45% relataram ter recebido auxílio emergencial concedido pelo governo federal.
Palavras-chave
Tuberculose; COVID-19
Área
Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Vanderleia Moreira Rangel, Mônica Flores Rick, Moises Soares de Oliveira, Fabio Alvaro dos Santos, Larissa Nunes Moreira Reis