Dados do Trabalho

Name: 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Start: 2023-09-10
End: 2023-09-13
Location: Centro de Convenções de Salvador

Título

EXTRATOS DE ALECRIM (Rosmarinus officinalis) E LIAMBA (Vitex agnus castus): ATRAENTE E REPELENTE DE OVIPOSIÇÃO PARA FÊMEAS DE Aedes aegypti

Introdução

Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) é uma espécie urbana de difícil controle e vetor de várias doenças infecciosas graves, incluindo Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika.

Objetivo (s)

O estudo objetiva avaliar o potencial dos extratos de alecrim (Rosmarinus officinalis) e liamba (Vitex agnus castus) como atraentes de oviposição e/ou repelentes para A. aegypti.

Material e Métodos

Os mosquitos utilizados nos experimentos são da linhagem RecLab, mantidas no insetário da FIOCRUZ-PE. Após três dias do repasto sanguíneo artificial, as fêmeas são transferidas para gaiolas experimentais. Na preparação do extrato aquoso é utilizado 15 g de material desidratado (24h a 100ºC), colocados em frascos contendo 500ml de água destilada por sete dias em condições anaeróbicas. Utiliza-se como substrato de oviposição papel de filtro. O comportamento de oviposição foi avaliado em recipientes pareados, no teste extratos botânicos (folha ou caule) nas concentrações de 10%, 30% e 50% versus controle (água destilada). Trinta fêmeas grávidas foram utilizadas/ bioensaios com 12 repetições. Para análise estatística, utilizou-se o teste de T pareado e a atividade de oviposição foi determinada pelo Índice de Atividade de Oviposição (IAO).

Resultados e Conclusão

Os resultados com extrato das folhas de alecrim (10%, 30% e 50%) demonstraram ação repelente (IAO= -0,35; IAO= -0,9; IAO= -1,0) (p≤ 0,001), enquanto, os tratados com extrato de caule, em todas as concentrações, ação estimulante (IAO= +0,87; IAO= +0,72; IAO= +0,21) (p=0,002). Nos testes com extrato de folhas da liamba, apenas nas concentrações de 30% e 50% (IAO= -0,72; IAO= -0,88) demonstraram ação repelente (p<0,001). Já com extrato de caule de liamba, apenas na concentração de 50% observou-se ação estimulante (IAO= +0,23) (p<0,005). Esses resultados podem nortear novas abordagens de monitoramento e controle vetorial nas áreas de infestação por A. aegypti, e futuras produção de produtos biotecnológicos como iscas para uso em armadilhas e repelentes tópicos para uso em humanos.