Dados do Trabalho


Título

A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: COBERTURA VACINAL EM GRUPOS PRIORITÁRIOS NA AP 4.0

Objetivos(s)

Descrever e analisar as coberturas vacinais contra COVID-19 na Área Programática (AP) 4.0 nos grupos prioritários para vacinação

Relato do Caso

Entende-se que o monitoramento e análise das coberturas vacinais são processos de trabalho bem instituídos dentro da Vigilância em Saúde.
Esses indicadores expoem fragilidades nas estratégias de alcance de populações prioritárias e possibilitam reestruturação de planejamentos estratégicos de ações coletivas de imunização.
Este trabalho mostra alguns dos indicadores de imunização monitorados pela Divisão de Vigilância em Saúde, tendo como unidade de análise a AP 4.0 no MRJ, entre 2021 e 2022. A extração dos dados ocorreu em 16/05/2023 no Tabnet municipal, utilizando o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), além do IBGE para estimativas populacionais. As variáveis selecionadas para análise foram divididas em grupos, sendo: Comorbidades (G1); Idosos (G2); Idosos institucionalizados (G3); Trabalhadores de Educação (G4); Trabalhadores de Saúde (G5); Pessoas em situação de rua (G6); Gestantes (G7) e Puérperas (G8).
Para o período observado, os grupos G6, G8 e G7 apresentaram os piores resultados para cobertura vacinal, respectivamente, seja no esquema primário ou de reforço. No que diz respeito à vacinação de segundo reforço, os grupos não conseguiram alcançar nem 10% de coberturas vacinais (CV), sendo G6 (3,79%), G8(4,31%) e G7 (9,98%). Enquanto para CV de esquema primário de vacinação apresentaram, 22,04%, 17,46% e 47,52%.
Em relação ao grupos que apresentaram melhores CV no esquema primário, destacam-se G3 (414,22%), G4 (134,12%), G5 (126,45%) e resultados mais tímidos para vacinação com 2º reforço, sendo 230,1%, 54,5% e 56,2%, respectivamente.
Entre G1 e G2, também pôde-se observar a mesma tendência de diminuição das CV entre o esquema primário e o 2º reforço, sendo G1 (73,8% e 37,6%) e G2 (122,8% e 37,6%).

Conclusão

A percepção do decréscimo das CV entre a vacinação do esquema primário e o 2º reforço expõe a necessidade de elaborar novas estratégias para alcançar os públicos alvo da campanha de vacinação.
Coberturas vacinais menores que 95% apresentam-se como risco para reemergência de doenças como a COVID-19 e potencial de agravamento em grupos mais vulneráveis.
Entende-se nesse contexto que a atuação da vigilância em saúde, de maneira ativa, é essencial na prevenção, identificação e monitoramento de cenários epidemiológicos de interesse.

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Melinda Marcellos Augusto, Larissa Nunes Moreira Reis, Gabriella Oliveira Telles, Ana Lúcia Conceição Mateus, Andrea Azeredo, Ana Maria da Silva