Dados do Trabalho

Título

Tendência temporal na notificação das arboviroses na Bahia entre 2018 e 2022

Introdução

Com a pandemia por COVID-19, diversas atividades e serviços de saúde foram impactados, inclusive a vigilância e o controle de doenças endêmicas como a dengue, chikungunya e zika vírus. A redução da atividade de serviços de saúde, o distanciamento social e outras medidas adotadas para conter a transmissão do novo coronavírus podem ter influenciado a vigilância e o controle dessas doenças no país.

Objetivo (s)

O objetivo deste artigo é analisar a tendência temporal da dengue, Chikungunya, zika vírus e febre amarela durante o período da pandemia por COVID-19 no Brasil, utilizando dados secundários disponíveis.

Material e Métodos

Este estudo foi realizado através de uma análise de dados secundários da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da Bahia. Foram considerados os dados de notificação de casos de dengue, Chikungunya, Zika vírus e febre amarela, relativos ao período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022.

Resultados e Conclusão

A pandemia de COVID-19 pode ter afetado a tendência temporal das notificações de arboviroses, com um pico em 2020 devido à coincidência com o período sazonal dessas doenças. Medidas de controle e prevenção adotadas para o coronavírus podem ter influenciado indiretamente a incidência das arboviroses. Em 2021 e 2022, houve redução em relação a 2020, mas níveis ainda superiores aos anos pré-pandêmicos. Essa tendência pode ser influenciada por medidas de prevenção contínuas, ações de controle vetorial e mudanças ambientais. A relação entre a pandemia de COVID-19 e as arboviroses requer investigação mais detalhada. Uma interpretação completa demandaria o uso de métodos estatísticos e epidemiológicos adequados para avaliar possíveis associações entre as variáveis em questão. É fundamental considerar a sazonalidade, comportamentos individuais e coletivos, cobertura da vigilância epidemiológica, entre outros fatores, a fim de compreender totalmente os efeitos da pandemia nas notificações de arboviroses.

Palavras-chave

Arboviroses; epidemiologia; COVID-19