Dados do Trabalho

Título

CORRELAÇÃO ENTRE O MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCO E OCORRÊNCIA DE DESASTRES: ESTRATÉGIA PARA PRIORIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE REDUÇÃO DE RISCOS NA SAÚDE PÚBLICA.

Introdução

O desastre é considerado uma condição extrema que atinge determinada área geográfica, o evento tem o potencial de causar perdas materiais e econômicas, e gerar um desequilíbrio ambiental e na saúde pública. Os desastres ocorrem a partir de fatores relacionados à: exposição a uma ameaça; população exposta; condições de vulnerabilidades; ausência de capacidade de mitigar os riscos e efeitos. Na saúde pública os danos podem ser observados em três momentos, nas primeiras horas após o evento, surge os danos humanos, o segundo momento está relacionado ao aumento na ocorrência de doenças transmissíveis e por vetores, o terceiro, apresenta impactos que podem ser percebidos em meses e anos após a ocorrência do evento. Além dos danos à saúde humana, os impactos à infraestrutura também trazem preocupações para o setor saúde, com a perda de insumos, medicamentos, imunobiológicos e ambientes físicos, afetando diretamente a atenção e o acesso ao serviço de saúde.

Objetivo (s)

Descrever a relação entre as áreas de risco para desastres e os registros de Situação de Emergência (SE) e Estado de Calamidade Pública (EPC) decretados em função de eventos extremos.

Material e Métodos

Estudo descritivo realizado a partir da tabulação e relacionamento de áreas de riscos e ocorrências de desastres. Foram utilizados os bancos de dados de mapeamento de áreas de risco desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e o Banco de dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) com os registros do ano de 2022.

Resultados e Conclusão

O Brasil possui 13.056 áreas de risco mapeadas e no ano de 2022 foram registrados 2.847 decretos de SE ou ECP por situação de desastres. A região Sudeste apresenta o maior número de áreas de riscos e decretos, com 4.789 áreas de risco e 930 decretos, seguido da região Sul com 3.707 áreas de riscos e 711 decretos, a região Nordeste possui 2.826 áreas de risco e o registro de 666 decretos, foram mapeadas na região Norte 1.472 áreas de risco e registrados 405 decretos por situações de desastres, a região Centro-Oeste possui 262 pontos mapeados como risco de desastres e 135 decretos. Com a análise, observou-se grande relação entre a ocorrência dos desastres em locais que possuem maior áreas de risco. O processo de mapeamento amplia o reconhecimento dos riscos e vulnerabilidades presentes no território, tendo como reflexo o desenvolvimento de estratégias de mitigação e redução dos riscos aos desastres.

Palavras-chave

Desastres, áreas de risco, saúde pública, exposição, situação de emergência.