Dados do Trabalho
Título
HELMINTOFAUNA PARASÍTICA EM MORCEGOS NA FLORESTA NACIONAL DE PALMARES-FLONA-PIAUÍ, NORDESTE BRASILEIRO
Introdução
A Floresta Nacional de Palmares, localizada a 40 km ao norte da capital piauiense é composta por fitofisionomia de zona ecotonal Caatinga-Cerrado. Sua composição faunística registra desde mamíferos voadores a primatas como: Alouatta, Cebus e Callithrix. Encontra-se circunscrita em pouco menos de 170 hectares e atualmente sofre com forte impacto de degradação ambiental em meio ao avanço imobiliário e urbanístico
Objetivo (s)
O estudo objetivou identificar a helmintofauna parasitária em morcegos, com intuito de inferir sobre o ciclo de vida dos parasitos nesse ambiente e os desdobramentos sanitários para os animais, observando parâmetros anatômicos para comparar com helmintos hospedados em humanos.
Material e Métodos
O trabalho foi previamente licenciado pelo ICMBIO-SISBIO e CEUA tendo sido aprovado pelos pareceres 64194-2 e 0095/2017 respectivamente. Os animais foram coletados por meio de coleta passiva e em seguida submetidos à eutanásia para posterior análise de seus órgãos internos em busca de possíveis helmintos.
Resultados e Conclusão
No total foram capturados 64 morcegos, dos quais 26,5% (17/64) encontravam-se parasitados por helmintos, todos nematoides. Morcegos, como Carollia perspicillata, apresentaram a maior diversidade parasitária, apresentando infecção por três dos cinco gêneros de nematoides encontrados: Histiostrongylus sp., Tricholeiperia sp. e Litomosoides sp. Phyllostomus discolor e Sturnira lilium apresentaram infecção por Histiostrongylus coronatus. Os nematoides Histiostrongylus sp. e Tricholeiperia sp. foram encontrados infectando morcegos da espécie Trinycteris nicefori. Lophostoma silvicola apresentou-se parasitado por nematoides da família Ornithostrongylidae. Embora todos os morcegos, mesmo os com maior carga parasitária estivessem aparentemente sadios e em atividade nas rotas de voo, faz-se necessários maiores estudos na área de parasitologia de quirópteros, a fim de esclarecimento destas interrelações com intuito de se averiguar os níveis de comprometimento fisiológico para os morcegos. Ademais, todos os helmintos encontrados nos morcegos analisados não apresentaram relação com helmintos em humanos, mesmo esgotando as bases de pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave
Acantocéfalo; Brasil; Platelmintos; Morcegos; Nematoides.
Agradecimentos
Instituto Federal de Educação do Piauí - Campus Teresina Central
Laboratório de Biologia Molecular e Epidemiologia (LABME-IFPI)
Universidade Estadual do Piauí
Área
Eixo 07 | Helmintíases
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Marcelo Cardoso da Silva Ventura, Michael Anderson Teneu Costa, Simone Mousinho Freire, Hyan Herrique Almeida Oliveira, Sara de Moura Pires, Randyson da Silva Pinheiro, Marcos Vinicius Costa Santos, Jurecir da Silva