Dados do Trabalho

Título

PÉRFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE EM PESSOAS IDOSAS: RELATO DE CASOS

Objetivos(s)

Objetivou-se relatar o perfil clínico-epidemiológico de 3 (três) pacientes de uma unidade de urgência e emergência de Natal-RN, Brasil, em 2022 e 2023, com sintomas para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG-HOSPITALIZADO).

Relato do Caso

"Caso 01": Paciente feminino, 75 anos, relato de dispneia progressiva nos cinco dias anteriores à admissão, tosse, desconforto respiratório, febre, e dor abdominal. RT-PCR para SARS-Cov-2 negativo. Relato de vacinação contra Covid-19 primeira e segunda doses. Sem vacinação contra Influenza na última campanha. Usou suporte ventilatório não invasivo. Após treze dias em observação em unidade de urgência e emergência apresentou sinais de pneumonia, evoluindo para óbito. "Caso 02": Paciente masculino, 60 anos, relato de dispneia súbita. Apresentou-se taquidispeneico e hipoxêmico (82%) com desconforto respiratório, utilizando musculatura acessória, febre e tosse. Fatores de risco: Hipertensão arterial, aneurisma cerebral, tabagista. Teste rápido antígeno para SAR-CoV-2 não reagente. Relato de vacinação contra Covid-19 primeira e segunda doses. Sem vacinação contra Influenza na última campanha. Após dois dias em observação apresentou insuficiência respiratória aguda, evoluindo para óbito. "Caso 03": Paciente feminino, 77 anos. Relatou febre, tosse, dispneia, saturação de 80% em ar ambiente. RT-PCR para SARS-CoV-2 reagente. Fatores de risco: Doença cardiovascular crônica, doença renal crônica, e lesão por pressão. Relato anterior de vacinação contra Covid-19 primeira e segunda doses. Sem vacinação contra Influenza na última campanha. RT-PCR para SARS-CoV-2 reagente. Após dois dias em observação apresentou síndrome respiratória grave (pneumonia), evoluindo para óbito. Com base nos resultados dos relatos sugere-se, para casos similares, a coleta de RT-PCR para SARS-CoV-2 e notificação de todos os casos de SRAG hospitalizados e/ou óbitos por SRAG causados por vírus respiratórios de importância em saúde pública.

Conclusão

Concluiu-se que os quadros apresentados revelaram lacunas nos serviços de Atenção Primária à Saúde quanto à cobertura vacinal das pessoas internadas com síndromes respiratórias graves. Sugere-se que em vigilância, notificação e investigação de casos e monitoramento de contatos, o critério laboratorial seja padrão ouro incluindo realização de painel viral, confirmação de casos suspeitos de reinfecção, e sequenciamento genômico.

Palavras-chave: SRAG; Cobertura vacinal; Perfil clínico epidemiológico.