Dados do Trabalho


Título

Análise de risco de dispersão dos vírus do sarampo e rubéola frente a casos importados, na fase pós controle da transmissão endêmica. Bahia, 2023.

Introdução

Aliando a queda da cobertura vacinal com a vacina tríplice viral, desde 2015, a lacunas no desempenho dos indicadores de vigilância integrada de sarampo e rubéola e considerando a ampla circulação dos vírus em outras regiões do mundo e a reabertura de fronteiras (fechadas durante a pandemia do COVID-19), atualmente, o surgimento de novos surtos de sarampo e rubéola na Região das Américas não pode ser descartado.

Objetivo (s)

O estudo objetiva descrever a análise de risco de dispersão dos vírus do sarampo e rubéola no território baiano, frente a uma possível importação viral, no período pós controle da transmissão endêmica.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo que apresenta uma análise de predição de risco de dispersão dos vírus do sarampo e rubéola, na Bahia, para o ano de 2023, desenvolvido a partir da análise da série histórica (2018 a 2022) de coberturas vacinais com a vacina Tríplice Viral (1ª Dose - 1 ano), com cálculo da cobertura vacinal média; análise de evolução da taxa média de notificação (nº de casos/100.000 habitantes) para o mesmo período e dos dados de densidade demográfica por município do estado da Bahia. Foi construído indicador composto, estabelecendo-se peso diferenciado para cada indicador de forma isolada, bem como escores por faixa de resultados alcançados. A partir da pontuação final obtida pelo indicador composto, os municípios foram classificados em 5 estratos de risco.

Resultados e Conclusão

De acordo com a análise de predição de risco de dispersão dos vírus do sarampo e rubéola no território baiano, 41 municípios foram classificados como muito baixo risco (9,83%); 103 como baixo risco (24,7%); 130 como risco intermediário (31,18%); 112 como alto risco (26,86%) e 31 como muito alto risco (7,43%). O estado encontra-se no estrato de baixo risco. Os últimos casos confirmados de sarampo, na Bahia, ocorreram em 2020 e os de rubéola em 2008. No estrato de muito alto risco foram identificados municípios que confirmaram surtos de sarampo entre 2018 e 2019. Ações intensificadas para melhoria das coberturas vacinais, aliadas ao aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica do sarampo e rubéola são estratégias fundamentais para a redução do risco de ocorrência dessas doenças. A permanência de municípios nos estratos de alto e muito alto risco, mesmo após a interrupção da transmissão endêmica traduz uma situação de alerta e ratifica a importância dos critérios adotados para predizer a vulnerabilidade no território.

Palavras-chave

Sarampo, rubéola, risco, surto

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Adriana Dourado de Carvalho, Jaciara Evangelista da Silva, Carine dos Reis Gondim