Dados do Trabalho
Título
Perfil dos casos de conjuntivite atendidos em Unidades de Pronto Atendimento de Salvador-Ba, 2022.
Introdução
Apesar da conjuntivite não ser um agravo de notificação compulsória, a partir de 2017, após um surto de conjuntivite ocorrido após o carnaval, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Salvador (CIEVS SSA) iniciou o seu monitoramento através dos registros de casos realizados pelos Núcleos de Epidemiologia das Unidades de Pronto Atendimento (NEPAS). A incidência de conjuntivite pode aumentar em algumas épocas do ano, como no verão e após eventos com aglomeração de pessoas, sendo importante o monitoramento desse agravo. O aumento de casos na população também pode estar associado a outras doenças, cujos sintomas é a conjuntivite.
Objetivo (s)
Descrever os casos de conjuntivite que buscaram atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) de Salvador em 2022.
Material e Métodos
Estudo descritivo de casos de conjuntivite atendidos nas UPAS do município de Salvador no ano de 2022. Os dados enviados pelos NEPAS ao CIEVS Salvador através de uma planilha padronizada pelo setor foram consolidados em um único banco de dados. Para esse estudo, foram utilizadas informações sobre semana epidemiológica de ocorrência, unidade notificadora, distrito sanitário (DS) de residência, sexo e faixa etária dos casos.
Resultados e Conclusão
Das 16 UPAS do município, 14 (87,5%) informaram sobre os casos de conjuntivite atendidos em 2022, totalizando 4677 casos da doença no ano. No período entre as semanas epidemiológicas (SE) 42 a 50 (16/10 a 17/12) foi registrado o maior número de casos (2179;46,6%) com um pico na SE 47 (285). A UPA do Cabula registrou a maior frequência de casos (1612;34,5%) e as UPAS Valéria e São Marcos tiveram os menores registros (1 e 2 casos, respectivamente). Com relação ao DS de residência, dos 4628 casos de residentes de Salvador, 33,5% residia no DS Cabula/Beiru e apenas 1,3% residia no DS Centro Histórico. A doença foi mais frequente em mulheres (2518;53,8%) e na faixa etária de 25 a 49 anos (1894;40,9%). A conjuntivite pode causar sequelas graves à visão quando não tratadas adequadamente, além de gerar o afastamento dos indivíduos das atividades. O seu monitoramento é importante para detectar o aumento inesperado de casos. Diante dos casos, faz-se necessária a orientação às unidades para coleta de amostras para exames diagnósticos e a vigilância associada a outros sintomas, visando o diagnóstico diferencial e propostas de medidas de controle e prevenção.
Palavras-chave
Conjuntivite; Monitoramento; Vigilância epidemiológica.
Área
Eixo 14 | Outro
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Ana Paula Medeiros Pereira, Mariana Leal de Souza Mercês, Maria Clara Barbosa da Cunha, Juliana Oliveira Figueiredo, Edisandra Marilusia Silva Marilusia Silva Silva, Silene Ribeiro Miranda Barbosa, Tian Cristiane dos Santos Dantas, Ellen Santiago Santana, Enio Silva Soares, José Jorge Moreno da Silva, Cristiane Wanderley Cardoso