Dados do Trabalho
Título
Infecção Por Vírus Oropouche Na Cidade De Salvador E Região Metropolitana
Introdução
O vírus Oropouche (OROV) é um arbovírus transmitido principalmente por mosquitos, pertencente à família Peribunyaviridae e é a segunda doença viral transmitida por artrópodes mais prevalentes na América do Sul, depois da dengue. A transmissão ocorre principalmente por mosquitos do gênero Culicoides. Os sintomas podem variar de leves a graves e, aproximadamente 20% a 70% dos casos podem desenvolver febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, com sintomas semelhantes aos de outras arboviroses. É uma doença emergente pouco investigada e tem o potencial de causar grandes epidemias no futuro.
Objetivo (s)
Investigar a incidência do OROV na cidade de Salvador e Região Metropolitana.
Material e Métodos
Amostras de soro (n=29) e urina (n=3) coletadas no período de março a maio de 2023 de pacientes de ambos os sexos e de várias faixas etárias com suspeita diagnóstica de arboviroses na cidade de Salvador e região metropolitana da Bahia. Foram transportadas, e analisadas no Laboratório de Virologia-ICS-UFBA. O RNA viral foi extraído utilizando o kit Maxwell RSC Viral Total Nucleic Acid Purification da Promega. O método empregado foi Transcriptase Reversa da Reação em Cadeia da Polimerase Quantitativa (RT-qPCR), utilizando oligonucleotídeos e sondas específicas com o kit Gotaq Probe 1-Step RTqPCR System da Promega, utilizando o equipamento QuantStudio 6 Pro.
Resultados e Conclusão
As amostras foram previamente testadas para o vírus da Dengue, Chikungunya e Zika, apresentando resultados negativos. Das amostras analisadas, 15% (3/20) das amostras de soro e 66,67% (2/3) das amostras de urina foram positivas para OROV por técnica RT-qPCR. É importante destacar que duas das amostras de urina positivas também foram provenientes dos pacientes que apresentaram resultados positivos nas amostras de soro. Essa correlação entre os resultados sugere a detecção consistente do vírus OROV tanto no soro quanto na urina, fortalecendo a confirmação da infecção do vírus nesses casos específicos. O valor médio do ciclo limiar (Ct) foi de 37,988, e o ponto de corte utilizado para determinar resultados positivos neste ensaio foi com o limiar de ≤ 38 ciclos. Esses achados destacam o diagnóstico diferencial e a inclusão do OROV nos testes para arboviroses devido à similaridade de sintomas com outras doenças transmitidas por mosquitos, e reforçar o monitoramento contínuo na região, com implementação de medidas de controle de vetores.
Palavras-chave
Vírus Oropouche, Arbovírus, Diagnóstico Laboratorial
Agradecimentos
ICS-UFBA
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Sarai Jesus Rodrigues, Yasmim Ramos Galvão, Rebeca Correia Carneiro Oliveira, Camila Carvalho Rodrigues, Ively Paixão Santos, Silvana Oliveira Neves, Beatriz Perez Vidal, Marcos Mauricio Tosta Leal, Silvia Inês Sardi, Gúbio Soares Campos