Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE COM TUBERCULOSE DE 2015 A 2022 NO ESTADO DA BAHIA

Introdução

Os profissionais de saúde apresentam alto risco de adoecimento por tuberculose (TB), segundo trabalhos divulgados em várias partes do mundo. Temos uma carência de dados registrados sobre a TB nesse grupo especialmente no estado da Bahia, por tanto, conhecer as características clínico epidemiológicas dessa população pode favorecer a implementação de estratégias eficazes de prevenção e controle da doença.

Objetivo (s)

Descrever o perfil clínico epidemiológico de profissionais de saúde diagnosticados e tratadas por tuberculose entre 2015 e 2022 na Bahia.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, de tipo ecológico exploratório e de coorte seccional, utilizando dados secundários do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Foram avaliadas as seguintes variáveis: Faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, exames de contatos, forma clínica da doença, agravos/comorbidades associados e desfecho dos casos.

Resultados e Conclusão

Resultados: Entre 2015 e 2022 foram notificados 465 casos novos em profissionais de saúde no estado da Bahia, com 03 óbitos por TB. Houve predomínio do sexo feminino (65,2%), sendo a faixa etária de 35-49 anos com 39,8% e, maior proporção de adoecimento entre negros (71,6%); quanto a escolaridade 32% possuíam educação superior completa. A forma clínica pulmonar ocorreu em 69,2% dos casos, sendo a forma extrapulmonar segunda em ocorrência (26,7%), com predominância da pleural (39,6%); 77,6% dos profissionais realizaram o teste para HIV, destes foram positivos (9,4%); ao analisarmos doenças ou comorbidades associadas o diabetes aparece como a principal com 9,7%. Quanto aos contatos 51,8% foram examinados; Do total avaliado, 31,2% tiveram diagnóstico bacteriológico pelo TRM-TB, sendo 5,5% resistente a Rifampicina e, dos que realizaram baciloscopia 72,9% foi positiva; o raio X de tórax foi considerado suspeito em 77,7% dos que realizaram (86,2%), apenas 36,7% realizou cultura para BK sendo positiva em 41,6%. Evoluiu para a cura 67%. Conclusão: Os resultados apresentados são bastante relevantes, para respaldar estratégias mais eficazes no controle da tuberculose, pois confirmam o alto risco de contágio e adoecimento nesses profissionais, demostrado pela alta incidência encontrada, com taxa de cura e, investigação de contatos aquém das metas desejadas.

Palavras-chave

Tuberculose. Profissionais de Saúde

Agradecimentos

A equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado da Bahia e a Secretaria de Saúde do Estado

Área

Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Lívia Fonsêca Silva Carvalho Azevedo Santana, Ana Paula Freire Cruz, Francisco Santos Santana, Isabel Cristina Antas Silva Olivieri, Eleuzina Falcão Silva Santos, Sueli Nunes Purificação