Dados do Trabalho

Título

Infecções parasitárias em escolares de uma cidade do sertão alagoano

Introdução

As parasitoses intestinais formam um grupo de doenças provocadas por helmintos e protozoários. Essas doenças são de grande relevância para a saúde pública de países em desenvolvimento e para crianças em idade escolar, pois representam importantes causas de morbidade nessa população, com efeitos deletérios para o processo de aprendizagem.

Objetivo (s)

Verificar a situação epidemiológica para as infecções por parasitoses intestinais na cidade de Santana do Ipanema, Alagoas, Brasil.

Material e Métodos

Realizou-se um inquérito parasitológico na população em idade escolar da zona urbana do município. Coletamos duas amostras de material fecal para análise parasitológica de fezes, uma amostra foi processada por meio dos métodos de Ritchie e Kato-Katz e a segunda amostra pelo método de Rugai. Posteriormente, calculamos a taxa de prevalência para infecções.

Resultados e Conclusão

Realizamos a coleta em 7 escolas municipais, tendo a participação de 292 escolares, dos quais 113 (38,7%) apresentaram diagnóstico positivo para pelo menos um parasito, com maior frequência no sexo feminino (53,8%) e na faixa etária de 5 à 7 anos (39,4%). A prevalência de protozoários foi de 34,2% (n=100) e para helmintos foi de 7,2% (n=21). Os protozoários mais frequentes foram: Entamoeba coli (19,5%), Endolimax nana (10,3%) e Giardia lamblia (10,3%). Entre os helmintos, houve maior predominância de Ancilostomídeos (44,4%) e Trichuris trichiura (22,2%). Além disso, encontramos um paciente com diagnóstico positivo para Schistosoma mansoni. A técnica que detectou maior número de pacientes positivos foi a de Ritchie (96,0%), seguido do método de Rugai (92,6%). Notavelmente, as infecções por parasitos intestinais, encontram-se elevadas entre as crianças em idade escolar na zona urbana de Santana do Ipanema, e são causadas principalmente por protozoários. Dada a informação, é necessário a adoção de programas de educação em saúde para prevenção destes. Ademais, ressaltamos o encontro do S. mansoni na cidade uma vez que a área não é endêmica para o mesmo.

Palavras-chave

Enteroparasitoses. Inquéritos epidemiológicos. Protozoários. Helmintos.

Agradecimentos

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas – FAPEAL.