Dados do Trabalho

Título

A Procura pela Vacina Mediante Percepção de Risco Apresentado por Cenário Epidemiológico

Introdução

Em 2019 a OMS na China recebeu alerta sobre um caso de pneumonia de causa desconhecida em Wuhan, província de Hubei. Janeiro de 2020, pesquisadores chineses isolaram uma cepa SARS-CoV-2 da família coronavírus e em fevereiro de 2020 esse vírus foi oficialmente denominado Covid-19, declarada pandemia global, em que os infectados apresentam um quadro clínico variado de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. Em janeiro de 2021 o Brasil recebeu as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, direcionadas a um grupo restrito, ofertada de modo escalonado, considerando quantidade recebida, estimativa populacional e idade. A priorização era o idoso devido a sua vulnerabilidade, alta taxa de hospitalização e mortalidade. Concomitante a imunização contra a Covid–19, no Mato Grosso do Sul iniciou a 23ªCampanha de Vacinação Contra a Influenza, adiantada devido ao cenário epidemiológico global enfrentado, a fim de prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença.

Objetivo (s)

Comparar e descrever o quanto o cenário epidemiológico detém relevância e influência na decisão da população na adesão pelas vacinas.

Material e Métodos

Estudo quantitativo-descritivo, realizado a partir de dados extraídos do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações-SIPNI e análise dos registros da Campanha de Vacinação Contra Influenza dos anos 2021 e 2022.

Resultados e Conclusão

Em 2021, a ausência de vacinas aprovadas para crianças contra a Covid-19 levou a um maior foco nas campanhas de vacinação contra influenza. Ao comparar as coberturas vacinais entre os anos de 2021 e 2022, há uma diferença significativa, com destaque para o grupo das crianças, embora as campanhas de vacinação tenham sido as mesmas, porém em diferentes cenários epidemiológicos. No ano de 2021, tem-se um cenário de alta vulnerabilidade epidemiológica e ausência de vacina Covid-19 para crianças, resultaram em coberturas de: Trabalhador de Saúde 73,4%; Idosos 74,1%; Gestante 66,0%; Crianças 94,2%. Em 2022, com cenário controlado e aprovação da vacina para crianças, obteve-se coberturas de: Trabalhador de Saúde 67,4%; Idosos 63,5%; Gestante 55,7%; Crianças 62,3%. A cobertura vacinal de influenza em 2021 foi maior que em 2022 no MS. Essa queda da cobertura para o ano de 2022 pode ser relacionada a mudança de prioridade da população, com redução da preocupação com a influenza devido ao foco na vacinação contra a Covid-19 que pode ter levado a uma menor adesão à campanha de vacinação contra a influenza.

Palavras-chave

Vacinação; Coberturas Vacinais.

Agradecimentos

SES/MS