Dados do Trabalho


Título

Uso de tratamento preventivo encurtado da tuberculose no Brasil: estudo ecológico e descritivo sobre a Rifapentina associada à Isoniazida

Introdução

Em agosto de 2021, o Ministério da Saúde (MS) incorporou um novo regime terapêutico para o tratamento preventivo da tuberculose (TPT) no Brasil, a Rifapentina associada à Isoniazida (3HP), que deve ser utilizado durante três meses em doses semanais. O MS recomenda este esquema como prioritário visto sua eficácia e segurança.

Objetivo (s)

Analisar as Unidades Federadas acerca do tratamento encurtado e caracterizar sociodemográficamente os indivíduos que utilizaram o 3HP e seus encerramentos de tratamento em comparação àqueles tratados com Isoniazida.

Material e Métodos

Estudo ecológico descritivo onde foram consideradas todas as pessoas que iniciaram TPT com 3HP, de agosto/2021 a março/2023 no Brasil, notificadas no Sistema de Informação para notificação das pessoas em tratamento da ILTB (IL-TB) do MS, Sistema de Informação de Infecção Latente em Tuberculose (SILT) de Goiás, e sistema Vigilantos de Santa Catarina. A análise dos encerramentos considerou os indivíduos com início do tratamento até 9 meses antes da extração dos dados, visto que a duração do TPT difere a depender do esquema medicamentoso prescrito. Ademais, essa análise não contemplou os casos do Vigilantos, haja vista a impossibilidade de acesso a esta informação.

Resultados e Conclusão

Foram notificadas 64.438 pessoas que iniciaram TPT, destes 18.443 (28,6%) utilizaram o 3HP, sendo 49,1% (8.592) pardos, 52,5% (8.641) do sexo feminino e idade média de 38 anos. Amazonas (69,4%), Amapá (62,5%) e Goiás (51,2%) foram os estados que mais utilizaram o 3HP quando comparados aos outros esquemas terapêuticos.
Em março/2023 o 3HP foi o esquema mais utilizado no país, com 217 (49,2%) tratamentos iniciados. A conclusão do tratamento foi de 64,2% entre as que utilizaram o 3HP e de 47,3% entre as que usaram isoniazida. A interrupção do tratamento ocorreu em menor frequência entre aquelas que realizaram tratamento com 3HP (7,1%) do que entre os que utilizaram isoniazida (12,5%). Os resultados apontam para maior completude de tratamento entre as pessoas que fizeram uso do 3HP, o que reforça a importância da indicação de esquemas encurtados para promover maior adesão e fortalecimento de ações de prevenção da TB.

Palavras-chave

Tuberculose, Tuberculose latente, Monitoramento epidemiológico.

Agradecimentos

Coordenação Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias não tuberculosas - CGTM

Área

Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

GEISA POLIANE DE OLIVEIRA CERVIERI, MARIANA SANCHES DE MELLO, JOSE NILDO DE BARROS SILVA, ISABELA DE LUCENA HERÁCLIO, LAYANA COSTA ALVES, LUIZ HENRIQUE ARROYO, MARIANA ALICE DE OLIVEIRA IGNÁCIO, DAIANE ALVES SILVA, TIEMI ARAKAWA, DANIELE MARIA PELISSARI, FERNANDA DOCKHORN COSTA JOHANSEN