Dados do Trabalho

Título

CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICA DA POPULAÇÃO DO GARIMPO GAIVOTA (PORTO GRANDE, AMAPÁ) E CIGANÓPOLIS (COARÍ, AMAZONAS) SOBRE A MALÁRIA NA IMPLEMENTAÇÃO DE MOSQUITEIROS IMPREGNADOS INTERCEPTOR

Introdução

A malária é considerada um grave problema de saúde pública no mundo, sendo uma das doenças de maior impacto na morbidade e mortalidade da população dos países de regiões tropicais e subtropicais do planeta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 247 milhões de casos foram registrados em 2021 em 84 países endêmicos. No Brasil está concentrada em nove estados da região Amazônica (AC, AP, AM, MA, MT, PA, RO, RR e TO) com predominância de casos por Plasmodium vivax. Estratégias diferenciadas de controle vetorial vem sendo utilizadas para controlar a malária no Brasil, pois deve ser seletivo e integrado, com participação comunitária e ajustado às situações eco-epidemiológicas locais.

Objetivo (s)

Avaliar o conhecimento prévio da população residente no garimpo Gaivota, município de Porto Grande, Amapá e do bairro de Ciganópolis, Coarí, Amazonas sobre os aspectos gerais da doença e o uso de mosquiteiros impregnados para controle da malária.

Material e Métodos

Na implantação de mosquiteiros impregnados Interceptor G2 para o controle da malária foi aplicado questionário modelo CAP, para avaliação da percepção da população local a respeito da malária, sua forma de prevenção, transmissão e controle.

Resultados e Conclusão

Em ambos os municípios, foi observado maior participação no estudo de pessoas do sexo feminino (70% Ciganópolis e 55,7% Garimpo Gaivota), ensino fundamental incompleto foi o nível de escolaridade mais relatado em ambas as localidades. Residências com paredes de madeira sem pintura (40% AM e 42,9% AP) e madeira pintada (14,2% AM e 30% AP) são predominantes. Em Ciganópolis 24,7% não tinham mosquiteiros e 16, 5% tinham mosquiteiros instalados por profissional da saúde. Já no Garimpo Gaivota, 61% tinham recebido mosquiteiros de profissional da saúde e 27% tiveram os MILD instalados. Observou-se prévio conhecimento da população sobre como se pega malária (60,5% AM e 91% AP), a maioria, associado a picada do mosquito e banho no igarapé. 60,4% já tiveram malária (ou familiar) em Ciganópolis e 91% no Garimpo Gaivota. Quanto as medidas de prevenção e controle, 24,7% AM citam mais de três estratégias de controle recomendadas atualmente e no AP 90,6% relatam uso de mosquiteiros e borrifação contra malária. A população do estudo apresenta conhecimento prévio sobre os aspectos gerais da doença e suas medidas de prevenção e controle, sugerindo uma boa adesão a implantação de mosquiteiros Interceptor G2 nas localidades do estudo.

Palavras-chave

Questionário CAP, mosquiteiros impregnados, controle de vetores, malária.