Dados do Trabalho


Título

Avaliação da correlação entre os sintomas relatados pelos participantes e a positividade para malária, determinando a proporção de diagnósticos prévios

Introdução

No Brasil, majoritariamente, os casos de malária ocorrem na região Norte, sendo P. falciparum e P. vivax as espécies prevalentes. O diagnóstico é feito por meio da gota espessa, método que, apesar de ser o padrão, depende da experiência do examinador.

Objetivo (s)

Avaliar a correlação entre os sintomas relatados pelos participantes e a positividade para malária, e determinar a proporção de diagnósticos prévios.

Material e Métodos

Foram incluídos pacientes atendidos no ambulatório de síndrome febril do CEPEM-RO durante o período de julho a dezembro de 2022, tendo como critério de inclusão febre nas últimas 48h. Este estudo possui aprovação pelo sistema CEP/CONEP (CAAE 52853021.6.0000.0011). Foi analisado os sinais/sintomas e a positividade para malária em gota espessa.

Resultados e Conclusão

Dos 1000 participantes, 400 (40%) tiveram resultado positivo para malária, destes 109 (27,2%) apresentaram febre no momento da inclusão, 76/109 (69,7%) de 37,8°C a 38,9°C e 33/109 (30,2%) > 38,9°C. Os sintomas mais comuns presentes nos participantes foram cefaleia 352 (88%), calafrio 336 (84%), mialgia 179 (44,7%), sudorese 176 (44%), dor abdominal 126 (31,5%), náusea 153 (38,3%). Apresentaram de 1 a 2 sintomas 67 (16,75%), 3 a 5 189 (47,25%) e 6 ou mais 144 (36%). Dos 600 (60%) participantes com resultado negativo, os sintomas mais comuns apresentados foram cefaleia: 527 (87,8%), calafrios: 454 (75,6%), mialgia: 313 (52,1%), Sudorese: 229 (38,1%), náusea: 192 (32%), dor abdominal: 151 (25,1%). Apresentaram de 1 a 2 sintomas 121 (20,17%), 3 a 5 (54,33%), 6 ou mais 153 (25,5%). Dentre 1000 participantes, relataram história pregressa de malária 775/1000(77,5%), sendo 467/600 (77,8%) negativos e 308/400 (77%) positivos para malária no estudo. Fizeram uso de medicamentos sintomáticos nas últimas 72 horas da inclusão 623 (62,3%), destes 439/623 fizeram uso de dipirona, 144/623 de paracetamol, 53/623 de AINES e 20/623 fizeram uso de antibiótico. Os sintomas prevalentes em ambos diagnósticos não são específicos da malária. Levando ao uso indiscriminado de medicamentos e automedicação, 73 pessoas usaram medicações que influenciam o diagnóstico de malária. AINES e antibióticos afetam a sensibilidade e a especificidade dos testes.

Palavras-chave

Malária, sintomatologia, uso de antibiótico.

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

ALEXIA MARTINES VIEIRA SILVA, Júlia Teixeira Ton, KEITHY WENNY PLASTER LIMA, Amália dos Santos Ferreira, Mariana Pinheiro Alves Vasconcelos, Dhelio Batista Pereira