Dados do Trabalho
Título
Análise espacial da população com esquema vacinal incompleto para COVID-19
Introdução
A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa que já cerceou milhões de pessoas em todo o mundo. O desenvolvimento de um imunizante em tempo recorde reduziu a morbimortalidade por esta causa, entretanto, levantou dúvidas na população no que se refere a confiança e eficácia da nova vacina. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde listou a hesitação vacinal como uma entre as dez ameaças à saúde global. Acredita-se que o Brasil seja o país com a maior taxa de adesão vacinal no mundo, devido ao consolidado e conhecido Programa Nacional de Imunizações, porém ainda é preocupante a quantidade de pessoas que não completaram o esquema vacinal contra a doença.
Objetivo (s)
Classificar os municípios brasileiros de acordo com a porcentagem da população que não completaram o esquema vacinal contra COVID-19.
Material e Métodos
Estudo ecológico que utilizou os 5568 municípios brasileiros como unidade de análise. Considerou-se como esquema vacinal incompleto para a COVID-19 aquelas pessoas que não tomaram ao menos duas doses do imunizante (ou dose única) e uma dose reforço. A partir da população por município, foi calculada a proporção de pessoas com esquema vacinal incompleto. Os dados referentes a quantidade de doses aplicadas por município foram obtidos através do Ministério da Saúde via Departamento de Monitoramento e Avaliação (DEMAS) da Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI). Para a construção do mapa coroplético, utilizou-se o software ArcGis 10.5.
Resultados e Conclusão
Em apenas 38 municípios (menos de 1% dos municípios do Brasil) foi observado que a população foi completamente vacina contra a COVID-19. Com o uso da análise espacial, observou-se predominância de maiores proporções de esquema vacinal incompleto nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, seguida da região Nordeste. (>50%). Nas regiões Sul e Sudeste foi observado predominância de municípios apresentando <50% da população com esquema vacinal incompleto.
Mesmo diante da disseminação de Fake News, que gerou um aumento na hesitação vacinal em todo o mundo, no Brasil observa-se que a aceitação do imunizante é heterogênea e varia de acordo com a região do país. Desse modo, mais estudos devem ser realizados para buscar entender quais fatores influenciam a tomada de decisão quanto a vacina, visto que este comportamento é essencial para mitigação do novo coronavírus
Palavras-chave
COVID-10; Análise Espacial; Vacinação
Agradecimentos
FAPESP [2021/08263-7 e 2022/03964-0]
CAPES [88887.657730/2021-00 e código 001]
CNPq [Universal 405902/2021-2 e 140005/2023-4]
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Clara Ferreira Souza, Thaís Zamboni Berra, Yan Mathias Alves, Reginaldo Bazon Vaz Tavares, Ariela Fehr Tártaro, Letícia Perticarrara Ferezin, Fernanda Bruzadelli Paulino Costa, Rander Junior Rosa, Heriederson Sávio Dias Moura, Ruan Víctor Santos Silva, Ricardo Alexandre Arcêncio