Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL GENOTÓXICO DO SEMISSINTÉTICO ÉTER ISOPROPIL DILAPIOL EM Aedes aegypti

Introdução

O uso continuado de inseticidas sintéticos para o controle de Aedes aegypti sinaliza indivíduos resistentes na população, além de afetar organismos não-alvo. Neste sentido, o semissintético éter isopropil dilapiol (EPD), obtido do óleo essencial da Piper aduncum, poderá ser útil como alternativa ao controle desse vetor de arbovírus. No entanto, estudos de genotoxicidade em Ae. aegypti são necessários.

Objetivo (s)

Avaliar o efeito genotóxico do EPD em larvas e adultos de Ae. aegypti por quatro gerações (G1 a G4).

Material e Métodos

Para cada geração (G1 a G4), 30 larvas de Ae. aegypti foram submetidas às concentrações de 100 µg/mL e 120 µg/mL do EPD, sendo cinco réplicas para cada concentração, totalizando 300 larvas. No grupo controle solvente foi administrado o DMSO a 0,05%, também com 5 réplicas, totalizando 450 larvas. Após 48 horas, 50% das larvas foram dissecadas e analisadas os seus neuroblastos, enquanto que o restante se desenvolveu para a fase adulta. Nos adultos, 50% foram dissecados e os seus ovócitos foram analisados, já os sobreviventes formaram a próxima geração. O teste de genotoxicidade foi realizado, para verificar a presença de alterações nucleares (micronúcleos e brotos) e cromossômicas (quebras e pontes). Foram realizadas ANOVA e teste de Tukey (p<0,05), por software R, versão 4.1.0.

Resultados e Conclusão

A frequência total de alterações (micronúcleos, brotamentos e células polinucleadas) observadas em núcleos interfásicos de neuroblastos e ovócitos foi significativa, quando comparadas ao controle, a partir da G2, em ambas as concentrações. Semelhante ao observado nos núcleos interfásicos, a frequência total de alterações em núcleos em divisão (quebras cromossômicas, pontes anafásicas e micronúcleos) aumentou significativamente após os tratamentos com o EPD, a partir da G2. Evidenciaram-se anomalias nucleares em neuroblastos e ovócitos de Ae. aegypti, dose-dependentes. Porém, mais estudos sobre o desenvolvimento de resistência, efeito sinergista e mecanismo de ação específico dessa substância em organismos não alvo são necessários, para um melhor conhecimento dessa substância como alternativa viável ao controle de Ae. aegypti.

Palavras-chave

Dengue. Controle vetorial. Bioinseticidas.

Agradecimentos

INCT ADAPTA II/INPA/CNPq/FAPEAM (processo 465540/2014-7); FAPEAM/SEPLANCTI/Governo do Estado do Amazonas, POSGRAD, n. 002/2016; CNPq/FAPEAM projeto universal 1036/2011.

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Neiva Silva de Vasconcelos, Daniel Luís Viana Cruz Viana Cruz , Junielson Soares da Silva, Sabrina da Fonseca Meireles, Leonardo Barroso de Melo, Francisco Célio Maia Chaves, Ana Cristina da Silva Pinto, Míriam Silva Rafael