Dados do Trabalho


Título

Fauna triatomínica identificada em ações de vigilância em municípios do nordeste de Minas Gerais, Brasil, entre 2019 e 2021

Introdução

O monitoramento de populações de triatomíneos em ambiente domiciliar constitui a principal forma de controle da transmissão vetorial da doença de Chagas no Brasil. Para tanto, a identificação oportuna das espécies capturadas nas habitações contribui para a detecção de potenciais focos que requerem intervenção.

Objetivo (s)

O objetivo deste estudo é descrever os triatomíneos analisados no laboratório de referência na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni, a nordeste do estado de Minas Gerais, entre 2019 e 2021.

Material e Métodos

Foram coletados dados referentes aos hemípteros encaminhados ao laboratório macrorregional de Teófilo Otoni, para os quais foram descritos a espécie, município de captura, estádio evolutivo, local de captura, resultado ao exame para tripanossomatídeos.

Resultados e Conclusão

Foram analisados 369 insetos, dos quais 18 espécimes eram hemípteros predadores e 351 eram triatomíneos, tendo sido identificados exemplares de seis espécies: Panstrongylus diasi, Panstrongylus geniculatus, Panstrongylus megistus, Triatoma tibiamaculata (= Panstrongylus tibiamaculatus), Triatoma vitticeps e Rhodnius sp. A maior proporção de exemplares correspondeu a insetos adultos (90,3%) e o principal local em que os insetos foram capturados foi o ambiente intradomiciliar (68,7%). Entre 184 espécimes examinados, 88 (47,8%) apresentaram flagelados semelhantes ao Trypanosoma cruzi à microscopia óptica. As espécies mais dispersas entre os 32 municípios atendidos foram T. vitticeps e P. megistus, tendo sido encontradas em 56,5% e 50,0%, respectivamente. Cinco municípios não encaminharam nenhum inseto para análise no período. A diversidade de espécies de triatomíneos e os altos índices de positividade para flagelados apontam para a necessidade de fortalecimento das ações de vigilância na região nordeste de Minas Gerais, notadamente entre aqueles que não encaminharam insetos durante o período de estudo.

Palavras-chave

Doença de Chagas; controle vetorial; vigilância epidemiológica.

Agradecimentos

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais; Comitê Técnico, Científico e Multidisciplinar do Campus Mucuri/UFVJM

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Bruno Oliveira Souza e Silva, Maira Queiroz dos Santos, João Victor Leite Dias