Dados do Trabalho


Título

O crescimento dos indicadores hospitalares como consequência do Novo Coronavírus: Uma discussão sob o ponto de vista econômico do Brasil

Introdução

Devido à globalização e ao consequente aumento da população mundial, os agentes causadores de doenças passaram a circular muito mais rapidamente, tendo em vista maior descolamento populacional entre territórios e ocasionalmente maior potencial de exposição à novas doenças, demandando assim, gerenciamento e operacionalização de soluções desafiadoras aos sistemas de saúde do Brasil e do mundo, para o enfrentamento de novas epidemias, como por exemplo o Novo Coronavírus - COVID-19, que foi classificado como Emergência em Saúde Pública e posteriormente foi denominado como Pandemia, bem como, gerou um impacto orçamentário de grande relevância global.

Objetivo (s)

O presente estudo teve como objetivo descrever sob a perspectiva econômica em saúde o impacto do novo Coronavírus nos indicadores hospitalares.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, de caráter quantitativo que utilizou como base de dados para extração dos indicadores a plataforma TABNET/DATASUS do Ministério da Saúde. Foram selecionadas as variáveis relacionadas ao número de internações, média de permanência hospitalar, óbitos absolutos e taxa de mortalidade relativa a outras doenças virais pelo CID, e utilizados os intervalos de tempo referentes aos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e maio dos anos de 2019 e 2020 para fins comparativos.

Resultados e Conclusão

Em 2020 houve um aumento significativo de 5,5% na média de internações em relação a 2019, quanto a média de permanência temos uma média geral de 5,6 dias por paciente, de janeiro a maio de 2019 e se somadas todas as regiões 28 dias. No mesmo período para o ano de 2020 o país registrou uma média de permanência de 6,22 dias e um total de 31 dias. Houve aumento no número de óbitos em 2020 de 139% se comparado ao ano anterior. A taxa de mortalidade por outras doenças virais de janeiro a maio de 2019, aponta maior expressão nas regiões sudeste 1,06 e sul 1,56, já para o ano de 2020 houve um crescimento exponencial para todas as regiões do país, sendo as regiões norte 21,36, nordeste 23,39 e sudeste 9,31. Diante dos argumentos apresentados, é notório que o Brasil ainda tem muito a melhorar no que diz respeito ao enfrentamento de emergências em saúde pública, tendo em vista que a verba federal destinada ao combate do Novo Coronavírus, que soma apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, quando em países europeus chegam a 17%, tendo em vista que o aumento nos indicadores, no ano de 2020, ocorreu devido à pandemia do COVID-19.

Palavras-chave

COVID-19; Economia na saúde; Subfinanciamento do SUS.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Lorena Franco Sobral, Évelin Lúcia de Barros, Aryanne Vanessa Silva Andrade do Amaral