Dados do Trabalho


Título

SITUAÇÃO DA MALÁRIA NO ESTADO DO PARÁ E EM MUNICÍPIOS COM DIMINUIÇÃO DA TRANSMISSÃO, BAIÃO E ORIXIMINÁ

Introdução

A malária ainda representa um importante problema de saúde pública na Amazônia, onde são notificados 95% dos casos da doença. No estado do Pará, anualmente, são registrados cerca de 20 mil casos. A Organização Mundial da Saúde tem como meta reduzir e/ou eliminar a transmissão da malária no Brasil nas próximas décadas. Para tanto, é importante analisar o impacto local das estratégias de saúde pública, cujas ações de vigilância epidemiológica são executadas no nível municipal sob a coordenação das secretarias estaduais.

Objetivo (s)

Analisar a situação epidemiológica da malária e a eficiência local das ações de controle nos municípios de Baião e Oriximiná, estado do Pará, no período de dois anos (2021 e 2022).

Material e Métodos

Foram coletadas informações referentes aos resultados dos exames para a pesquisa de Plasmodium spp por microscopia, disponibilizados no sistema de vigilância epidemiológica da malária do Ministério da Saúde/SIVEP-malária. Analisou-se a distribuição do número de casos por ano e por agente etiológico e a variação no período de dois anos (2021 e 2022).

Resultados e Conclusão

A análise dos dados mostrou que no estado do Pará houve aumento no registro de casos de 14,4% no ano de 2022 em comparação com 2021. Em 2021 foram registrados 20.295 casos, sendo 86,6% causados por P. vivax, e em 2022 foram registrados 23.716 casos, sendo 92,6% causados por P. vivax. A incidência parasitária anual em 2021 e 2022 foi 2,3 e 2,7, respectivamente. No entanto, dois municípios localizados na parte leste (Baião) e oeste (Oriximiná) do Pará registraram diminuição na transmissão da malária. Em Baião no ano de 2021 ocorreram 4 casos de malária por P. vivax e no ano seguinte não houve notificação de caso. Enquanto em Oriximiná nos anos de 2021 e 2022 foram registrados 1.036 e 492 casos, respectivamente. Portanto, houve diminuição de 100% e 52,5% em Baião e Oriximiná, respectivamente. Todos os casos foram causados por P. vivax, exceto 2 casos de P. falciparum egistrados em 2021 em Oriximiná. A incidência parasitária anual (IPA) em Baião foi 0,1 e 0,0 e em Oriximiná foi 16,6 e 7,9 em 2021 e 2022, respectivamente.

No período de dois anos (2021- 2022) não houve diminuição na incidência de malária no estado do Pará, no entanto, uma análise por município mostrou que a redução no registro de casos variou de 52,5% (Oriximiná) a 100% (Baião), indicando eficiência local das ações de vigilância da malária.

Palavras-chave

Malária, Epidemiologia, Estado do Pará, Município de Baião, Município de Oriximiná

Agradecimentos

Universidade Federal do Pará e SESPA

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Beatriz Costa Ribeiro, Carla Gisele Ribeiro Garcia, Lilian Jéssica Passos Lima, Jameson Diego Pereira Barros, João Ricardo Guerreiro Duarte, Marinete Marins Póvoa, Maristela Gomes Cunha