Dados do Trabalho
Título
Avaliação dos Casos de Infecção Intradomiciliar por SARS-CoV-2 no Estado de Rondônia
Introdução
Foi observado que os ambientes domiciliares favorece a transmissão do SARS-CoV-2, tornando assim os grupos familiares suscetíveis ao contágio do mesmo.
Objetivo (s)
Avaliar os Casos de Infecção Intradomiciliar por SARS-CoV-2 no Estado de Rondônia
Material e Métodos
O estudo foi realizado no Laboratório de Virologia Molecular FIOCRUZ/RO em colaboração com ILMD/FIOCRUZ/AM e centros de referência para COVID-19. As amostras foram coletadas pela técnica de swab nasofaríngeo e os dados epidemiológicos e rastreamento familiar foram obtidos de bancos de dados eletrônicos e endereços residenciais. O RNA viral foi extraído usando Kit comercial e a carga viral foi determinada por Multiplex One-Step RT-qPCR. Triagem para variantes de SARS-CoV-2 foi realizado, um multiplex para variantes Alfa, Beta e Gama, o segundo ensaio para Delta e o terceiro ensaio para Ômicron. As amostras com Ct ≤ 25 foram sequenciadas usando NGS (Illumina). Análise de mutação, software Pangolin, Next Clade e Outbreak. Análise filogenética as sequências GISAID foram alinhadas com as obtidas no estudo usando o algoritmo MAFFT e o software Rv4.0.3 para análise estatística
Resultados e Conclusão
1405 indivíduos com diagnóstico molecular para SARS-CoV-2 foram analisados, entre junho de 2021 a novembro de 2022, sendo identificadas 53 famílias, totalizando 117 participantes do estudo. A taxa de ataque secundário foi de 8,32%, no qual os indivíduos apresentaram idade média de 38 anos, sendo 55% do sexo masculino. Os casos de infecção intradomiciliar foram distribuídos em vinte municípios do estado, no qual a capital Porto Velho liderou o número de casos. A variante Delta liderou o nº de casos com 45%, seguido da Ômicron com 44% e Gama com 11% dos casos. 11,32% das famílias apresentaram infecção com subvariantes diferentes. Na sintomatologia houve predominância de tosse, dor de cabeça, febre, dor de garganta e coriza, e em menor proporção, distúrbios olfativos e gustativos e dispneia. Além disso, 8% dos indivíduos foram assintomáticos. 6% das famílias apresentaram comorbidades e todos os indivíduos do estudo evoluíram para cura. 77% havia tomado pelo menos uma dose da vacina e 23% dos indivíduos não tinham tomado nenhuma dose. O estudo mostra a importância da vigilância genômica do SARS-CoV-2, onde os casos de infecção domiciliar influenciam na sua disseminação e a vacinação se apresenta como um importante fator de proteção.
Palavras-chave
infecção intradomiciliar
Agradecimentos
Laboratório de Virologia Molecular FIOCRUZ/RO e FAPERO.
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
KAROLAINE SANTOS TEIXEIRA, Gabriella Sgorlon Oliveira, Ana Maisa Passos da Silva, Tárcio Peixoto Roca, Jackson Alves da Silva Queiroz, Deusilene Souza Vieira