Dados do Trabalho

Título

Painel epiDEN: para além do monitoramento epidemiológico. Uma ferramenta de gestão eficiente no enfrentamento à Dengue

Introdução

As arboviroses urbanas representam um desafio significativo para a saúde pública. No Brasil, em 2022, os dados apontaram para um aumento de 162% dos casos de Dengue em relação a 2021. Desse modo, é vital contar com ferramentas de gestão eficientes que permitam uma rápida tomada de decisão no enfrentamento da doença.

Objetivo (s)

O painel epiDEN foi implementado em 2023 visando fornecer um panorama epidemiológico da Dengue nos municípios do Estado de Rondônia e atuar como um instrumento de auxílio à gestão na esfera estadual.

Material e Métodos

Os dados utilizados para alimentação do painel foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Notificação e Agravos Nacional (SINAN), Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SisPNCD), Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) e consolidados por semana epidemiológica (SE) de 2023 no programa Microsoft Excel® 365. Os indicadores monitorados envolvem a apresentação de dados sobre casos prováveis, confirmados, graves e com sinais de alarme, Índice de Infestação Predial (IPP) do Aedes, percentual de visitas domiciliares, sorotipo circulante nos municípios, hospitalizações, taxa de positividade, curva epidêmica com valores de incidência estadual por SE, além do diagrama de controle. O total de casos prováveis por SE é o principal instrumento de avaliação da efetividade do epiDEN.

Resultados e Conclusão

Comparando as SE 01 (Janeiro) a 26 (Junho) de 2022 e 2023, observa-se que a distribuição dos casos foi inversa. Nas primeiras 13 semanas de 2022, foram registrados 6.585 casos. No mesmo período de 2023, foram 13.524 casos registrados. A partir da SE 14 até a 26 de 2023, observou-se uma redução, onde 4.040 casos foram registrados. Em 2022, no mesmo período, foram registrados 8.103 casos. As análises apontam para efetividade do epiDEN, pois o monitoramento permitiu identificar alterações no padrão de ocorrência da doença ao longo das semanas, indicando a necessidade de intervenções ágeis. Isso forneceu aos gestores as informações para o desenvolvimento de ações rápidas, assertivas e direcionadas (visitas técnicas, capacitações e ações de bloqueio de casos), encurtando o período que seria de maior transmissão do vírus. Os resultados reiteram a importância do epiDEN como uma ferramenta de subsídio à gestão estadual no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento à Dengue, mitigando os riscos inerentes à circulação do vírus.

Palavras-chave

Gestão; Monitoramento Epidemiológico; Dengue; Rondônia.

Agradecimentos

À equipe do Programa Estadual de Controle de Doenças Transmitidas pelo Aedes da AGEVISA.