Dados do Trabalho


Título

Distribuição espacial dos óbitos por COVID-19 em idosos e sua relação com aspectos socioeconômicos em Fortaleza-CE (2020-2021).

Introdução

COVID-19 é uma doença altamente transmissível causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Em Fortaleza, o grupo etário de maior risco de morte foi o de idosos. Além da idade, fatores socioeconômicos desempenharam um papel importante na disseminação do vírus e no surgimento de casos graves, incluindo fatalidades.

Objetivo (s)

Descrever a distribuição espacial e o impacto dos óbitos por COVID-19 na população idosa em Fortaleza-CE.

Material e Métodos

Estudo descritivo, utilizando dados coletados a partir de fontes secundárias da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. Para representar a análise espacial, foram elaborados mapas utilizando o software QGIS 3.10.

Resultados e Conclusão

A cidade de Fortaleza possui uma população total de 2.703.391 habitantes, dos quais 261.992 são idosos, representando cerca de 10% da população total. Dos 11.186 óbitos registrados, 8.190 foram em idosos, que corresponde 73% do total de óbitos. Durante a primeira onda epidêmica, em 2020, foram registrados 5.302 óbitos, dos quais 77% ocorreram em idosos. Já na segunda onda, em 2021, foram registrados 5.884 óbitos, sendo 69% em idosos. Bairros que possuem alto Índice de Desenvolvimento Humano abrigam mais idosos, o que reflete uma maior longevidade nessas áreas. A exemplo o bairro Meireles (18% pop. idosa) situado na região norte-nordeste da cidade, a taxa de mortalidade em 2020 é de 1.130,1 e em 2021 é de 1.557,3 óbitos por 100.000 habitantes. Por outro lado, bairros que possuem baixo IDH, como o bairro Barra do Ceará (7% da pop. idosa), situado a noroeste da cidade, possuem uma menor proporção de idosos, apresenta uma média da taxa de mortalidade mais elevada, em 2020 foi 2.068,7 e 2021 foi 1.299,4 óbitos por 100.000 habitantes, respectivamente.
Os idosos foram particularmente os mais suscetíveis a COVID-19, com taxas de mortalidade mais elevadas. Isso se deve em parte às comorbidades preexistentes, que agravaram o quadro clínico da doença. Além disso, é preciso levar em conta as desigualdades socioeconômicas existentes nas diferentes áreas da cidade, a fim de garantir que as intervenções sejam direcionadas aos grupos mais vulneráveis.

Palavras-chave

COVID-19; Distribuição espacial; IDH; idosos

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Rebeca Souza Oliveira, Kamilla Alves Marques Carneiro, Maria Vilma Lima Neves, José Antonio Pereira Barreto