Dados do Trabalho


Título

ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SURTO DE ESPOROTRICOSE NO SUL DA BAHIA

Objetivos(s)

Relatar o caso de surto de esporotricose ocorrido no município de Itajuípe no ano de 2022 e identificar as medidas empreendidas pela equipe da Vigilância Sanitária e Vigilância em saúde ambiental VISA/VSA com apoio da VISA Estadual da base de Itabuna-Ba.

Relato do Caso

A esporotricose é uma enfermidade ocasionada pelo fungo Sporothrix schenckii, que tem uma grande adaptação ao organismo felino e pode ser transmitida ao homem e a outros animais por meio do contato direto, sendo considerada uma zoonose. O aumento dos índices de transmissão de felinos infectados para os humanos têm gerado preocupação às autoridades de saúde. Apesar de ser uma doença emergente presente em todo o território nacional, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Ministério da Saúde, ela é negligenciada enquanto problema de saúde pública devido à falta de programas ou ações nacionais de diagnóstico e tratamento, especialmente em municípios sem centros ou controles de zoonoses. Em junho de 2022, o setor de VISA/VSA do município de Itajuípe alertou a secretaria municipal de saúde sobre a emergência da doença Esporotricose de Transmissão Felina (ETF) devido à ocorrência de 20 casos suspeitos, com um caso confirmado. A VISA Estadual após ciência, instrumentalizou a equipe da VISA municipal com informações sobre formas de contingenciamento do agravo no território e a importância de trabalhar o problema transitoriamente para mitigar o risco de adoecimento humano e animal. Na estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde, não existe setor de zoonoses, mas a VISA adotou as medidas orientadas de contenção, em parceria com a ONG de proteção animal local que disponibilizou uma veterinária para atuar no caso. As notificações foram realizadas em notificação comum por ausência d instrumento específico. A SMS forneceu o tratamento com Itraconazol 10mg/kg (1 cápsula por dia), via oral, por três meses. Após 15 dias do tratamento, o animal já tinha lesões mais secas, com menos crostas e a cura ocorreu após três meses de tratamento. O surto foi contido e não houve ocorrência em humanos.

Conclusão

A Esporotricose trata-se de um problema de saúde pública. Surtos da doença podem ser contidos após estabelecimentos de fluxos, onde cada setor responsável adota medidas para garantir a mitigação da transmissão humana e animal.

Agradecimentos

A SESAB por investir no crescimento técnico científico da equipe de Vigilância em Saúde Estadual em prol da qualidade e redução de riscos a saúde.

Área

Eixo 12 | Infecções causadas por fungos

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Renata Assis Nunes Benevides, Andréia Sanches Santos, Anastácia de Loudes de Santana, Patricia Santos de Carvalho Marinho, Larissa Rodrigues Mendonça, Marcos Breno Almeida dos Santos