Dados do Trabalho


Título

Retrato das infecções transmitidas por hemocomponentes em um HEMOCENTRO da região Sudeste do Brasil – 2014-2021

Introdução

A transfusão de hemocomponentes é utilizada no tratamento de muitas doenças, porém há risco de transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV), Treponema pallidum, vírus das hepatites B e C (HBV e HCV) e Trypanosoma cruzi (doença de Chagas), entre outros. No Brasil, os doadores são triados para esses agentes.

Objetivo (s)

Determinar as prevalências de doadores inaptos por infecções passíveis de transmissão por hemocomponentes que fazem parte da testagem de rotina recomendada pelo Ministério da Saúde. Correlacionar as infecções em doadores com alguns dados sociodemográficos. Avaliar em qual momento os doadores se tornaram inaptos, se na primeira doação ou nas subsequentes.

Material e Métodos

Local do estudo: Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira de Cavalcanti-HEMORIO no Rio de Janeiro.
População: Todos os doadores de sangue que realizaram a doação no HEMORIO no período do estudo.
Período do estudo: De janeiro de 2014 até dezembro de 2021.
Análise estatística: Para os cálculos e análises estáticas foi utilizado o programa R versão 4.3.0 (21-04-2023). As amostras foram consideradas estatisticamente significativas se p<0,005.
Aspectos éticos: O estudo foi submetido e aprovado pelo CEP – HEMORIO. O número do parecer é 5.106.467.
Análises laboratoriais: Os testes para triagem utilizados foram os exames padronizados no HEMORIO para testagem dos doadores: testes sorológicos e de NAT. Não foram realizados testes adicionais.

Resultados e Conclusão

No período de janeiro de 2014 a dezembro de 2021 foram analisadas 600.001 doações de sangue efetivas, em que o doador foi aprovado na triagem inicial. Na análise das prevalências, a infecção mais prevalente foi a sífilis, com total 17,04% (maior em 2014, com 2,42%), seguida da hepatite B, com total de 12,23% (maior em 2017, com 1,78%). A menos prevalente foi a infecção pelo HTLV, com total de 1,8% (maior em 2019, com 0,43%). As prevalências das demais infecções foram: doença de chagas total de 2,77%, (maior em 2017 com 1,49% e a menor em 2019 com 0,08%), o HCV com prevalência total de 2,16% (maior em 2014 com 0,56% e menor em 2019 com 0,11% e o HIV teve total de 3,5% (maior em 2019 com 0,43% e a menor em 2021 com 0,16%).
A sífilis foi a doença mais prevalente entre os doadores em todos os anos avaliados. A com menor prevalência foi o HTLV.

Palavras-chave

Doadores de sangue, Hemocentro no Rio de Janeiro e prevalências de inaptidão de doadores por doenças transmissíveis.

Agradecimentos

Área

Eixo 14 | Outro

Autores

Rodrigo Guimarães Cunha, Elba Regina Sampaio Lemos, Luiz Amorim Filho, Maria Esther Duarte Lopes, Marco Aurélio Pereira Horta, Renata Carvalho de Oliveira