Dados do Trabalho

Título

Comparação dos casos de dengue clássica e febre hemorrágica da dengue por regiões do Brasil nos últimos cinco anos

Introdução

A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. A dengue clássica por vezes pode evoluir para uma febre hemorrágica, caracterizada pelo sangramento de vasos na pele e em órgãos internos. Por conta da alta dos casos de dengue no ano de 2022, torna-se relevante uma comparação entre o número de casos de dengue simples e febre hemorrágica da dengue (FHD) nos últimos 5 anos.

Objetivo (s)

Realizar uma comparação quantitativa entre os casos de dengue clássica e febre hemorrágica devido ao vírus da dengue em cada região do Brasil nos anos de 2018 a 2022.

Material e Métodos

Foi realizada uma pesquisa quantitativa, de caráter descritivo, em base de dados secundário, tendo a plataforma digital do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram selecionados todos os casos de dengue clássica e febre hemorrágica da dengue, no período de 2018 a 2022 em cada região do Brasil, e realizado análise comparativa.

Resultados e Conclusão

Durante os anos de 2018 a 2022, foram 158.403 casos de dengue clássica no Brasil, sendo que, desses, 11.120 evoluíram para febre hemorrágica da dengue (7,02%). O predomínio dos casos de dengue clássica é na região sudeste, com 46.578 casos (29,40%), seguida da região nordeste com 41.777 de casos (26,37%), depois a região centro-oeste com 38.608 casos (24,37%), região sul com 18.802 (11,87%) e por fim a região norte com 12.638 (7,98%). Quando passamos para número de casos de febre hemorrágica da dengue (FHD), o predomínio está na região centro-oeste, com 3.906 casos notificados (35,13% dos casos de FHD). Em seguida, a região sudeste com 2.910 casos (26,17%), região nordeste com 2.805 (25,22%), norte com 844 (7,59%) e por fim região sul com 655 (5,90%). Dessa forma, é possível concluir que 10,12% dos casos da região centro-oeste evoluem para FHD, cuja forma é grave e pode levar a choque e, posteriormente, óbito. Portando, verifica-se a necessidade de demais trabalhos para corroborar com a tendência dessa região possuir maior risco de FHD.

Palavras-chave

Dengue; Dengue clássica, Febre Hemorrágica da Dengue; Comparação.