Dados do Trabalho


Título

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA O CONTROLE VETORIAL: USO DO MAPEAMENTO DE RISCO

Introdução

As iniciativas de controle vetorial para o Aedes aegypti utilizadas pelos programas locais atualmente baseiam sua organização na realização de atividades de visitas domiciliares com altas coberturas para eliminação mecânica de criadouros, uso de larvicidas e atividades de bloqueio quando casos humanos são identificados (modelo reativo). Essa estratégia, em razão das dificuldades operacionais e da dinâmica de transmissão das arboviroses urbanas (movimentos humanos, infecção de assintomáticos, heterogeneidade da distribuição dos Aedes spp) não tem conseguido demonstrar eficácia no controle dos casos destas doenças. Neste sentido, é necessária a identificação, no interior dos municípios, de áreas de risco para priorização das intervenções de controle já em uso, e para a utilização das novas tecnologias para o controle do vetor.

Objetivo (s)

Identificar áreas com maior risco de ocorrência de casos de dengue através do uso do mapeamento intramunicipais para subsidiar o controle vetorial.

Material e Métodos

Foi realizado um estudo analítico de base ecológica com mapeamento dos casos de dengue de nove capitais estaduais brasileiras, considerando a série histórica de 2012 e 2021. Foi utilizada a técnica de análise espaço temporal Gi* para elaboração de hotspots (pontos quentes) intramunicipais. Os pontos quentes de cada ano foram sobrepostos em um mapa único que determina quantas repetições de anos cada área analisada foi considerada como anomalia territorial. Para a realização do mapeamento de risco, utilizou-se casos prováveis de dengue em nível de bairro. As capitais escolhidas foram definidas através da disponibilidade de dados secundários de casos e territoriais em sítios online.

Resultados e Conclusão

Utilizou-se os dados dos municípios de Vitória/ES, Rio de Janeiro/RJ, Teresina/PI, João Pessoa/PB, Fortaleza/CE, Manaus/AM, Salvador/BA, Belo Horizonte/MG e Maceió/AL. Foi possível georreferenciar uma média de 82% dos casos de dengue em nível de bairro, com variação de 58% a 99%.

Foi identificado, que em média, 52% dos casos de dengue estão localizados em 40% do território, ou seja, dentro de áreas consideradas pontos quentes, variando de municípios com casos altamente concentrados em determinados bairros, como em Manaus onde 98% dos casos se concentraram em 47% do território, e por outro lado, onde apenas 11% dos casos estavam concentrados dentro dos hotspots que por sua vez representam 16% do território.

Palavras-chave

Mapeamento de risco; controle vetorial; Aedes aegypti

Agradecimentos

Área

Eixo 02 | Tecnologia e Inovação em saúde

Autores

Marcela Lopes Santos, Alessandro Igor da Silva Lopes, Everton Galdino da Silva, Diego Roberto Silva da Rocha, Vinícius Pereira Feijó, Pedro de Alcantara Brito Júnior, Amarilis Bahia Bezerra, Daniel Garkauskas Ramos, Livia Carla Vinhal Frutuoso, Giovanini Evelim Coelho