Dados do Trabalho
Título
Análise espacial da Leishmaniose Visceral no Nordeste do Brasil, entre 2017 e 2019
Introdução
Estima-se que cerca de 300.000 novos casos de leishmaniose visceral (LV) ocorram anualmente no mundo. No Brasil, o agravo está presente em todas as regiões do país, e a região Nordeste é responsável pelo maior número de casos e mortes.
Objetivo (s)
Analisar os padrões espaciais dos casos de LV no Nordeste do Brasil.
Material e Métodos
Este é um estudo ecológico com abordagem espacial. Para tanto, coletamos os dados referente aos casos de LV no Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de 2017 a 2019. A unidade de análise foram os municípios da região Nordeste e a variável primária a taxa de incidência para LV. Inicialmente as taxas brutas de incidência foram suavizadas utilizando o método empírico bayesiano local. O Índice de Moran Global (I) foi calculado e, em seguida, o Índice de Moran Local para verificar a existência de autocorrelação espacial. As análises foram realizadas no software TerraView e mapas foram construídos no Qgis.
Resultados e Conclusão
Foi observado um total de 1.794 casos de LV na região Nordeste entre 2017 e 2019. De acordo com a incidência bruta, as taxas muito altas de incidência (>30,0/100.000 habitantes) ocorreram em 276 municípios distribuídos em todos os estados do Nordeste. Curiosamente, de acordo com o método empírico bayesiano, somente 28 municípios apresentaram altas taxas e não incluíram os estados de Alagoas e Sergipe, enquanto as baixas taxas (0,1 a 5,0/100.000 habitantes) estiveram em 1.200 municípios, que, de acordo com a taxa bruta, eram somente 137. Foi encontrada uma autocorrelação espacial positiva (I= 0,074; p-valor =0,005). E o padrão alto/alto foi observado em todos os estados, com exceção de Rio Grande do Norte e Sergipe, enquanto as aglomerados de baixo risco (baixo/baixo) estavam presentes em todos os estados. Conclusão: Nossos dados revelam que a LV continua sendo um problema de saúde pública para a região Nordeste do Brasil, sendo amplamente distribuída em todos os estados. No entanto, os estados de Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte apresentam menor risco para a doença.
Palavras-chave
Protozooses; Saúde Pública; Análise Espacial;
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
MIKAELLY MARIA VIEIRA CARVALHO, LUZIA KELLY SILVA NUNES, MARIA WILMA SILVA LIMA, EDNELMA DIAS SANTOS, ADRIAN CABRAL SILVA, VITORIA JORDANA BEZERRA ALENCAR, WELLESON SOUSA SILVA, RODRIGO ANDRE LIMA FERREIRA, ROSALIA ELEN SANTOS RAMOS, LETICIA PEREIRA BEZERRA, ISRAEL GOMES AMORIM SANTOS