Dados do Trabalho
Título
Perfil clínico-epidemiológico e laboratorial de portadores do vírus da hepatite B (HBV) e Delta (HDV) em uma unidade terciária de saúde em Manaus, Amazonas
Introdução
A Amazônia ocidental Brasileira há tempos é o cerne do problema das hepatites B e Delta em todo o país.
Objetivo (s)
O objetivo do estudo foi descrever o perfil de portadores do HBV e a coinfecção HDV, atendidos na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, em Manaus.
Material e Métodos
No período de setembro de 2022 a abril de 2023, 86 pacientes compareceram ao ambulatório especializado com teste rápido positivo para hepatite B, e convidados a participar do estudo, com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Resultados e Conclusão
Em 97,7% (84/86) foi confirmado o marcador sorológico para o antígeno de superfície do HBV (HBsAg), e em 16,7% (14/84) o marcador para HDV (Anti-HD total). Os dados foram coletados e registrados em formulário na plataforma REDCap, avaliado as médias e percentuais das variáreis numéricas. Na população do estudo: 54,8% (46/84) são do sexo feminino e 45,2% (38/84) masculino; idade média de 48,4 anos (28-71); todos procedentes do Amazonas: 78,6% (66/84) em municípios da Região Central, 13% (11/84) Sudoeste, 3,6% (3/84) Norte e 4,8% (4/84) do Sul do Estado. Foi observado alterações nos exames e médias: contagem de plaquetas (mm3), 19% (16/84), 94.168; hemoglobina (g/dL), 9,5% (8/84), 11,3; séricos: 20,2% (17/84) alanina aminotransferase - ALT (IU/L), 87,9 e 14,3% (12/84) aspartato aminotransferase – AST (IU/L), 108; 92% (78/84) e carga viral do HBV (log10) quantificável, 2,76; foi realizado exame de imagem em 42,8% (39/84), ultrassonografia de abdômen (USG): 38,5% (15/39) compatível com hepatopatia crônica e 17,9% (7/39) esteatose hepática. Na coinfecção com HDV+: 64,3% (09/14) são do sexo masculino, idade média de 42,1 anos (25-54), foi observado as alterações nos exames e médias: contagem de plaquetas (mm3), 50% (7/14), 83.050; séricos: ALT, 50% (7/14), 91,9I e AST, 42,9% (6/14), 96,2 e de imagem (USG): 28,6% (4/14) compatível com hepatopatia crônica, esplenomegalia e esteatose hepática grau I. Os dados mostram que a maioria dos usuários estão em idade produtiva e procedentes de Manaus, sendo os HBV+, mulheres, sem sinais de doença avançada, diferente dos HDV+, que apresentam sinais de hepatopatia grave. A implementação de medidas de prevenção, com a ampliação da cobertura vacinal e vigilância com campanhas de ampla testagem. O diagnóstico precoce permite iniciar tratamento terapêutico e possibilita melhor qualidade de vida no controle da doença.
Palavras-chave
HBV, HDV; Amazônia, Brasil
Agradecimentos
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Yhasmin Peres Ospina, Yanka Karolinna Batista Rodrigues, Patrícia Jeane de Oliveira Costa, Paulo Luis da Costa Ferreira, Marcia Costa Castilho, Wornei Miranda Silva Braga