Dados do Trabalho

Título

Aspectos clínico-epidemiológicos da leptospirose no estado do Rondônia, brasil, no período de 2018 a 2022

Introdução

A leptospirose é uma zoonose emergente de notificação obrigatória, causada pela infecção de espécies patogênicas de Leptospiras, cujo reservatório é o roedor, associado às condições precárias de saneamento básico.

Objetivo (s)

O objetivo do trabalho foi descrever os aspectos clínico-epidemiológicos e temporais da leptospirose no estado do Rondônia, Brasil, no período de 2018 a 2022.

Material e Métodos

Para isso foi realizado um estudo descritivo observacional com dados dos casos notificados de leptospirose oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O banco de dados foi tabulado no TabWin 41 e processado no Microsoft Excel2016.

Resultados e Conclusão

Houve um total de 1842 casos notificados e destes 98 casos confirmados, com média de 19,6 casos ao ano. Ao avaliar as taxas de incidência, por ano, observou-se que o ano que obteve maior incidência ocorreu em 2018 (1,73 casos por 100.000 habitantes) e uma tendência de queda nos anos seguintes até 2021 onde houve menor taxa (0,70 casos por 100.000 habitantes). No ano de 2022 houve um aumento da incidência (0,96 casos por 100.000 habitantes) mais apenas superior ao ano de 2021, quando comparado com o período do estudo. As maiores frequências de notificações ocorreram em pessoas de 20 a 49 anos de idade (52,20%), do sexo masculino (59,83%), da raça parda (64,81%) e com residência na zona urbana (69,74%). Quando se avaliou, as situações de risco dos casos notificados, os sinais de roedores (55,81%), criação de animais (32,95%) e terreno baldio (32,74%) foram as mais relatadas. No tocante as manifestações clínicas mais frequentes foram a febre (77,31%), mialgia (70,20%) e cefaleia (66,88%), todas enquadradas na fase precoce da doença. A maioria dos casos foram confirmados por critério laboratorial (77,55%). Registrou-se 06 óbitos, observando uma letalidade de 6,12%. Diante do que foi demonstrado conclui-se que os casos de leptospirose foram mais frequentes em homens pardos na faixa etária economicamente ativa, residentes em área urbana, onde adoeceram em locais com sinais de roedores, presença de animais e/ou terrenos baldios. Febre, mialgia e cefaleia foram os sintomas mais relatados, sendo a maioria dos casos confirmados por critério laboratorial. Desta forma, reforça-se a importância de priorizar a ações de educação em saúde para o manejo ambiental ligados a prevenção primária no manejo da leptospirose como forma de evitar novos casos.

Palavras-chave

epidemiologia; leptospirose; sintomas; situação de risco; vigilância epidemiológica.

Agradecimentos

AGEVISA