Dados do Trabalho


Título

Territorialização das tipologias do Programa Nacional de Controle da Malária na Amazônia brasileira: Uma abordagem de vigilância de base territorial

Introdução

O Brasil apresenta grande heterogeneidade relacionada aos contextos de transmissão da malária, e sendo assim, torna-se necessário a escolha de diferentes estratégias de intervenção para cada cenário (WHO 2017). A OMS orienta que é importante que os programas nacionais de controle da malária (PNCM) estratifiquem os territórios de seus respectivos países para compreender suas complexidades. O PNCM-Brasil criou tipologias com base nos determinantes para a ocorrência da malária no Brasil, as quais são intituladas áreas especiais.

Objetivo (s)

O objetivo desse trabalho é territorializar as áreas especiais malarígenas estruturadas pelo PNCM e entender suas distribuições pelos estados que compõem a Amazônia Legal Brasileira.

Material e Métodos

A região da Amazônia Legal Brasileira abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. As áreas especiais analisadas nesse estudo fazem parte das tipologias do Programa Nacional de Controle de Malária do Ministério da Saúde (PNCM). Foram calculados por estado da amazônia legal brasileira o número de áreas indígenas e sua extensão, o número de áreas de assentamento rurais e suas extensões, a extensão das áreas de mineração (legal e ilegal) e a extensão das áreas urbanas e rurais.

Resultados e Conclusão

Os estados da Amazônia legal brasileira possuem um total de 5.162.621,90 Km² de território de acordo com nossas análises. Desse total, 31,8% é ocupado por áreas indígenas, enquanto que os assentamentos rurais ocupam 13,7% dos estados que compões a Amazônia legal brasileira. As áreas urbanas da região ocupam 0,15% do território, enquanto as áreas rurais ocupam 19,5%. As áreas de mineração, tanto legais quanto ilegais ocupam um percentual pequeno do território total, com valores absolutos de 6.405,1 Km² de áreas de mineração ilegais e 3.947,90 Km² de áreas de mineração legais. A classificação da malária em áreas especiais se mostrou uma estratégia importante para o entendimento dos padrões epidemiológicos da doença no Brasil. Cada contexto distinto desses precisa ser tratado de formas distintas, seja em termos de ações de controle e vigilância, seja na construção de políticas públicas. No entanto essas tipologias possuem limitações que precisam ser superadas. Novas categorias de áreas especiais trarão novas perspectivas em termos de ações de vigilância e controle, e também na estruturação de políticas públicas mais específicas para cada contexto de transmissão da malária.

Palavras-chave

malaria, PNCM, epidemiologia, vigilância, território.

Área

Eixo 01 | Ambiente e saúde

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Hermano Gomes Albuquerque, Gerusa Belo Gibson Santos, Alexandre San Pedro Siqueira, Jefferson Pereira Caldas Dos Santos, Paulo Cesar Peiter, Joseli de Oliveira Ferreira, Martha Cecilia Suárez Mutis