Dados do Trabalho


Título

SEQUENCIAMENTO DO SARS-COV-2 E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM MATO GROSSO

Introdução

O SARS-CoV-2 é um vírus RNA de fita simples (+ ssRNA), polaridade positiva e não segmentada, sentido positivo, 5’-cap, 3’-poliadenilado e tamanho surpreendentemente grande, variando de 27 a 32 quilobases (2), pertencem à família Coronaviridae, gênero betacoronavirus, sendo designado como SARS-CoV-2. O genoma do SARS-CoV-2 codifica proteínas não estruturais e quatro proteínas estruturais como: espícula, envelope, membrana, nucleocapsídeo e várias proteínas acessórias . O método de sequenciamento genético permite realizar a leitura dos genomas virais com o objetivo de identificar novos patógenos e aprimorar a compreensão das origens e da transmissão de vírus emergentes. Sendo relevante acompanhar, monitorar e identificar a circulação das linhagens e sublinhagens de SARS-CoV-2 no Estado de Mato grosso (MT), tendo em vista que o vírus tem afinidade para sofrer mutações.

Objetivo (s)

Identificar e monitorar as variantes de SARS-CoV-2 que circulam no estado de Mato grosso, através sequenciamento genético por Ion torrente com amostras referente aos meses de 12/2022 a 03/2023.

Material e Métodos

As amostras obtidas foram submetidas a extração do RNA e amplificação do material genético pela técnica de RT-qPCR, aquelas positivas para SARS-CoV-2, foram encaminhadas para serem sequenciadas. As sequências genomicas obtidas foram analisadas utilizando o software do Ion torrent e Genome detective. A avaliação da linhagem foi realizada utilizando duas ferramentas Pangolin e Nextstrain.

Resultados e Conclusão

Sequenciamos 77 genomas , todos os casos apresentaram a variante Ômicron do SARS-CoV-2, indicando sua presença em 100% das amostras analisadas. Foram identificadas várias variantes em diferentes proporções. A sublinhagem BQ.1 foi a mais prevalente, representando 30% das amostras analisadas, seguida por XBB.1.18.1 (12%), XBB.1.5 (9%), BQ.1.1.31 (4%), BQ.1.1.11 (4%), BA.5.3.1 (6%), XBB.1.18 (6%), BN.3.1 (2%), BQ.1 (14%), BE.10 (1%), BQ.1.24 (1%), BQ.1.1.5 (1%), BE.9 (1%), DL.1 (1%), XBB.1.18 (1%), XBB.1.18.1 (1%), XBB.2 (1%), e XBJ.2 (1%). Isso sugere uma possível relação entre a alta transmissibilidade da variante e o número de infecções registradas no Estado de MT , bem como a ocorrência de eventos de importação e disseminação do vírus, sugerindo diversidade genética e a disseminação do vírus, contribuindo para a compreensão da epidemiologia local . Além disso, a ausência de medidas preventivas para conter a disseminação do vírus pode ter contribuído para a disseminação da variante Ômicron.

Palavras-chave

SARS-COV-2; VIGILÂNCIA

Agradecimentos

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

STEPHANNI FIGUEIREDO SILVA, ELAINE CRISTINA OLIVEIRA, KLAUCIA RODRIGUES VASCONCELOS, MARIA CLARA PEREIRA LEITE, CLAUDIO SOUZA CAMPOS, JULIANO SILVA MELO, ALESSANDRA CRISTINA FERREIRA DE MORAES, LUANA BARBOSA DA SILVA, RODRIGO BURUM MANUARI, ANA CLAUDIA PEREIRA TERÇAS TRETEL