Dados do Trabalho

Name: 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Start: 2023-09-10
End: 2023-09-13
Location: Centro de Convenções de Salvador

Título

Infecção por Leishmania infantum e principais fontes de alimentação de flebotomíneos em área endêmica de Natal, RN

Introdução

A leishmaniose visceral (LV) é uma doença tropical e permanece como problema de saúde pública. O flebotomíneo Lutzomyia longipalpis é o vetor da Leishmania infantum no Brasil e tem sua expansão atrelada ao processo de urbanização da LV.

Objetivo (s)

O objetivo deste estudo foi determinar a taxa de infecção vetorial de L. infantum e quais as principais fontes de alimentação de flebotomíneos em uma região endêmica para LV,Natal, RN.

Material e Métodos

Para isso, o estudo foi desenvolvido de forma longitudinal em 22 residências sem casos de LV notificados. Entre outubro de 2020 a outubro de 2022, foram realizadas capturas semanais de flebotomíneos usando armadilhas CDC em peridomicílio. O estudo transversal foi realizado em residências com casos de LV notificados. A captura dos flebotomíneos foi realizada usando armadilhas CDC em peridomicílio durante 1 semana.

Resultados e Conclusão

O total de 524 eram fêmeas (18,5%). Por qPCR, foi identificado prevalência de 16,2% (n=42) para infecção por L. infantum no estudo longitudinal. Destas, a principal fonte de alimentação foi galinha (n=48) seguido de humano (n=18) e cachorro (n=11). 3 amostras apresentaram DNA humano e de galinha e 1 amostra DNA de cão e galinha. 7 amostras haviam DNA de L.Infantum e DNA de cão (n=4) e galinha (n=3). No estudo transversal, 85,5% (n=28) das amostras foram positivas para L. infantum. Destas, a principal fonte foi cão (n=18), seguido do humano (n=7) e galinha (n=6), 13 amostras foram positivas para L.infantum e DNA de cão, 3 positivas para L. infantum e galinha, 2 positivas para L.infantum, galinha e humano. Fêmeas capturadas em casas de casos de LV e arredores apresentaram 26 vezes mais chances de apresentar L. infantum em comparação às de casas sem casos de LV. Esses dados mostram a complexidade no ciclo de transmissão de L. infantum e necessidade de implementação de medidas de controle.