Dados do Trabalho


Título

OS IMPACTOS DA DISFUNÇÃO OLFATÓRIA CRÔNICA NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA EM PACIENTES DE COVID LONGA

Introdução

A COVID Longa é a persistência de sintomas em até três meses após a recuperação da COVID-19 e não explicados por diagnóstico alternativo. A disfunção olfativa (DO) está entre as queixas neurológicas mais prevalentes na COVID-19, ocorrendo em 23% dos indivíduos, levando a problemas para cozinhar, manter o estado de saúde e nutricional, higiene pessoal e relacionamentos nos indivíduos afetados.

Objetivo (s)

Descrever o impacto nas atividades de vida diária em pacientes com COVID Longa com DO persistente.

Material e Métodos

Participaram 219 pessoas matriculadas em um programa de rastreio de pacientes com COVID Longa. O olfato foi avaliado pelo teste olfativo Chemosensory Clinical Research Center (CCCRC). Um questionário avaliou a percepção dos pacientes sobre o impacto da DO em seis áreas de desempenho ocupacional: (1) higiene pessoal: limpeza corporal e detecção de odores corporais; (2) ingestão alimentar: comportamento relacionados à alimentação; (3) preparo dos alimentos: habilidade relacionadas ao ato de cozinhar; (4) detecção de perigos: capacidade de detectar perigos ambientais, por ex. comida estragada, gás, fogo ou fumaça; (5) trabalho: associados ao desenvolvimento, produção, entrega ou gestão de objetos ou serviços; e (6) relações sociais: atividades de interação social com outras pessoas, incluindo família, amigos, colegas e membros da comunidade. Os pacientes marcaram apenas os domínios diretamente afetados pela DO relacionada à COVID-19.

Resultados e Conclusão

A perda do olfato foi o sintoma neurológico mais relatado entre os 219 pacientes, sendo n=139(63,47%) diagnosticados com DO pelo CCCRC. Foi mais prevalente em mulheres n=102(73.4%), que não foram hospitalizados na fase aguda da COVID-19 n=120(86.33%). Detecção de perigos n=73(53%), higiene pessoal n=70(50%) e preparo de alimentos n=65(47%) foram os domínios da vida diária mais afetados pela DO. O grupo com anosmia apresentou maior comprometimento em relação aos pacientes com hiposmia. Semelhante a outros vírus que afetam o trato respiratório superior, o SARS-CoV2 pode ocasionar DO crônica, impactando negativamente no desempenho das atividades de vida diária. Sugere-se que a avaliação do olfato seja parte do manejo clínico de pacientes com COVID Longa.

Palavras-chave

Disfunção Olfatória, CONVID-19, COVID Longa, Atividades Cotidianas.

Agradecimentos

Este estudo foi financiado pela Fundação Amazônia Paraense de Amparo a Estudos e Pesquisa (FAPESPA; nº 006/2020) e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (SECTET; nº 09/2021).

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Doutorado

Autores

ALNA CAROLINA MENDES PARANHOS, BEATRIZ FREITAS LAUNÉ, CLEIZIANE LIMA DE OLIVEIRA, CINTIA DE SOUSA REIS, GABRIEL LUKAS CUNHA PALHETA, MARCIO GABRIEL DOS SANTOS CANUTO, APIO RICARDO NAZARETH DIAS, LIDIANE PALHETA MIRANDA DOS SANTOS, JUAREZ ANTÔNIO SIMÕES QUARESMA, LUIZ FABIO MAGNO FALCÃO, GIVAGO SILVA SOUZA