Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE TEMPORAL DA TAXA DE INCIDÊNCIA DA ESQUISOTOSSOMOSE NO BRASIL, 2010-2019

Introdução

O governo do Brasil vem participando de vários compromissos com a Organização Pan Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação da esquistossomose como problema de saúde pública.

Objetivo (s)

Analisar a variação percentual e o perfil das taxas de incidência da esquistossomose entre 2010 e 2019 no Brasil.

Material e Métodos

Estudo de série temporal da taxa de incidência da esquistossomose entre 2010 a 2019 no Brasil, cuja variáveis do estudo foram as taxas de incidência da esquistossomose, calculadas, por ano, sexo e faixa etária através do número de casos novos confirmados dividido pelo número da população residente, multiplicado por 1 milhão. A variação percentual relativa (VPR) foi definida subtraindo a taxa de 2019 pela taxa de 2010, dividido pela taxa de 2010, multiplicado por 100.

Resultados e Conclusão

Nos anos 2010 a 2019 foram registrados 87.429 novos casos de esquistossomose no Brasil. Entre o início e o final do período analisado, houve queda na taxa de incidência no Brasil 136,54/1 milhão hab. em 2010 para 14,15/1 milhões hab. em 2019 com VPR de -0,90%. Sendo Minas Gerais o estado responsável por 67,47% dos casos do Brasil com 58.986 novos casos no período estudado apresentando também queda da taxa de incidência de 1.111,77 por milhão de habitantes em 2010 para 69,77 por milhão de habitantes em 2019 com VPR de -0,94%. Houve aumento na taxa de incidência apenas em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Sergipe e Distrito Federal com variação percentual relativa de 1,00%, 0,57%, 0,27 e 0,62%, respectivamente. No Brasil, há maior prevalência de casos no sexo masculino com 53,81 por milhão de habitantes (n=53354) comparado ao sexo feminino com 32,94 por milhão habitantes (n= 34067), em relação a faixa etária observou-se valores lineares entre as idades 10 a 59 anos variando entre 48,05 por milhão habitantes e 51,78/1 milhão habitantes sendo nessas faixas etárias as maiores taxas. Nesse viés, a maior taxa de incidência da esquistossomose no Brasil durante o período analisado foi no estado de Minas Gerais com 67,47% dos casos, sendo o sexo masculino e a faixa etária de 10 a 59 anos com maior prevalência da doença. Assim, faz-se necessário intervenções para o aumento de detecção precoce da doença, tratamento oportuno, atividades preventivas de educação em saúde e saneamento básico, eliminação do molusco transmissor a fim de acelerar a redução da carga da doença.

Palavras-chave

Doenças Endêmica. Esquistossomose. Notificação de Doenças.

Agradecimentos

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Autores

Bárbara Maria Santana Costa, Omar Ariel Espinosa Rodrigues, Cynthia Silva Santos