Dados do Trabalho


Título

DESCRIÇÃO DA PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM DIFERENTES COMUNIDADES DE SALVADOR

Introdução

As parasitoses intestinais são bem relacionadas com pobreza e falta de saneamento básico. A negligência existente a essas doenças torna a sua real prevalência uma incógnita, e isto traz consequências de magnitudes desconhecidas à saúde da população geral.

Objetivo (s)

Assim, o objetivo desta pesquisa foi descrever a prevalência de helmintos intestinais e o perfil epidemiológico em residentes de comunidades de Salvador a partir de busca ativa em inquéritos realizados entre os anos de 2017 e 2021.

Material e Métodos

A pesquisa aconteceu nas comunidades do Alto do Cabrito (2017), Saramandaia (2018 e 2019) e Pirajá (2019 e 2021). Foi realizado um inquérito epidemiológico nos residentes que aceitaram participar com perguntas sociodemográficas, além do georeferenciamento das suas residências. Além disso foram solicitadas três amostras de fezes, em dias diferentes, para a realização do exame parasitológico através do método Kato-Katz.

Resultados e Conclusão

Foram avaliadas 6088 pessoas e a prevalência de helmintos intestinais foi de 7,93%. Pirajá 2019 foi a localidade com maior quantidade de indivíduos com helmintos (11,46%). Os parasitos mais frequentes foram Schistosoma mansoni (3,92%), Ascaris lumbricoides (2,23%), Ancilostomídeos (1,19%), Trichuris trichiuria (1,06%), Enterobius vermicularis (0,21%), Taenia sp. (0,01%), Hymenolepis nana (0,01%) e Hymenolepis diminuta (0,00%). As características demográficas que tiveram associação com a infecção foram idade (<30 anos, Saramandaia 2018, OR= 2,23; Pirajá 2019, OR = 2,08; Pirajá 2021, OR = 2,25), escolaridade (ensino médio incompleto, Saramandaia 2018, OR = 3,57; Pirajá 2019, OR = 2,22) e sexo (Pirajá 2019, masculino, OR = 1,79). Nenhuma associação geoespacial entre os casos de parasitoses e local de residência foi encontrada. Apesar de todo o conhecimento acerca das formas de controle, tratamento e profilaxia, as parasitoses intestinais ainda se encontram presentes na nossa população. Razões como desconhecimento ou desprezo sobre a potencial gravidade das doenças causadas e falta de educação pessoal e sanitária juntamente com a falta de infraestrutura local com saneamento básico precário, típica de comunidades carentes de grandes cidades, figuram entre as principais causas para a manutenção desses parasitos.

Palavras-chave

parasitas intestinais, saneamento básico, comunidades carentes, Salvador

Agradecimentos

NiH; CAPES.

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Autores

Pedro Santos-Muccillo, Lee Senhorinha Andrade, Camila F Chaves, Fernanda Mac-Allister Cedraz, Anna Carolina Cozza, João D´Oliveira Romão, Luciano Kalabric Silva, Ronald Edward Blanton, Mitermayer Galvão Reis, Lúcio Macedo Barbosa