Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DA VACINAÇÃO PRÉVIA COM BCG NA RESPOSTA ANTI-SPIKE IGG EM INDIVÍDUOS IMUNIZADOS COM DIFERENTES VACINAS DA COVID-19

Introdução

O SARS-CoV-2 é causador da COVID-19, doença que levou a pandemia, com sobrecarga nos serviços de saúde e falta de equipamentos de proteção individual. Com objetivo de diminuir o número de casos e mortes causadas pelo vírus, estudos foram realizados para produção de vacinas. Com isso, a vacina AZD1222, CoronaVac e Pfizer foram liberadas para vacinação no Brasil. A vacina BCG, presente no calendário vacinal brasileiro, tem histórico de auxiliar na prevenção contra outras doenças do trato respiratório além da tuberculose, seu principal foco.

Objetivo (s)

Diante disso, o objetivo do estudo foi quantificar a soro conversão e anticorpos específicos produzidos pela presença da vacina, tendo ou não a influência da vacinação prévia da BCG. (CONEP: 4.572.593).

Material e Métodos

Com 874 participantes acima de 18 anos, todos trabalhadores da saúde, foram randomizados previamente entre grupo BCG e placebo para vacinação (como subdivisão do estudo). Após isso, foram divididos entre grupo principais: AZD1222, CoronaVac e Pfizer. A amostra coletada para exames foi sangue, coletada e centrifugada 28 dias após vacinação contra COVID-19. Foram realizados testes quantitativos para quantificação de anti-spike IgG por ensaio quimioluminescente de micropartículas imunológicas com o soro proveniente da coleta dos participantes.

Resultados e Conclusão

O grupo Pfizer foi excluído da análise estatística devido ao baixo número amostral (n=18). O estudo revelou os níveis de anti-spike IgG da vacina AZD1222 duas vezes mais alto quando comparado a CoronaVac (geometric mean ratio (GMR) 2.58, 95% intervalo de confiança (IC)) com duas doses, mas ao visualizar as duas doses da CoronaVac com uma dose de AZD1222, o resultado foi similar (GRM 0.99, 95% IC). Já a presença da BCG (grupo BCG n=435; placebo salina n=439) não induziu o aumento de anticorpos contra SARS-CoV-2 em ambos os grupos (AZD1222 p=0.38; CoronaVac p=0.76). Com isso, conclui-se que a presença da vacina BCG não aumentou proteção contra a COVID-19, e a vacina AZD1222 induziu duas vezes mais anti-spike IgG que a CoronaVac.

Palavras-chave

Anticorpos. Doença pelo Novo Coronavírus (2019-nCoV). Pessoal da Saúde. Vacinas.

Agradecimentos

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; Fundação Bill & Melinda Gates.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado

Autores

Mariana Gazzoni Sperotto, Marco Antonio Moreira Puga, Julio Croda